Os muçulmanos rohingyas que vivem no Estado ocidental de Rakhine, em Myanmar (antiga Birmânia), são considerados estrangeiros ilegais pelo país predominantemente budista, incluindo muitas famílias que lá vivem há gerações, e são discriminados: é-lhes negada a cidadania, assim como os direitos de saúde e educação.
O grupo em fuga, que também incluía mulheres e crianças, foi preso em Mon State, onde "estavam escondidos perto de uma plantação de borracha depois de os contrabandistas que tinham prometido levá-los para a Malásia os abandonarem lá", disse a fonte, pedindo para não ser identificada, por medo de ser processada.
A Malásia, com a sua população predominantemente muçulmana, é o destino preferido dos rohingyas que procuram fugir à perseguição.
Está atualmente em curso uma investigação, segundo a fonte, que adiantou que, se forem processados, poderão enfrentar até dois anos de prisão.
As autoridades recusaram-se a comentar o caso.
Existem ainda relatórios não verificados de outro grupo de 120 pessoas encontradas por um navio da marinha birmanesa quando se encontrava num barco ao largo de Mudon, também em Mon State.
A violenta repressão contra os rohingyas em 2017 tinha forçado cerca de 750.000 a fugirem de Myanmar (antiga Birmânia) para o Bangladesh.
Cinco anos mais tarde, a maioria dos rohingyas ainda vive em campos em condições difíceis, e são cada vez mais rejeitados pela população local.
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