"A tristeza abateu-se sobre nós. Hoje, uma aeronave do Grupo de Aviação Bolivariana 9 caiu em terra e, infelizmente, não há sobreviventes", anunciou o governador do estado de Amazonas na sua conta na rede social Facebook.
Na mesma rede social, Miguel Rodríguez disse ainda acompanhar as Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela "neste momento de dor", enviando um "abraço fraterno às famílias e amigos" da tripulação que realizou "centenas de missões humanitárias em toda a selva venezuelana, ajudando os povos indígenas".
O acidente, segundo a imprensa venezuelana, terá ocorrido pelas 07:30 horas locais (12:00 horas em Lisboa), provocando a morte dos capitães José Enrique Castillo Tovar e Jefferson José Aular Souto, do primeiro tenente Roberto José Aponte Acosta e dos tenentes Jesus Rivar Márquez e Santiago Collado.
Informações divulgadas pelos bombeiros locais indicavam que um Cessna 208 Gran Caravan tinha descolado do aeroporto regional, virando à esquerda para ganhar altitude e estabelecer-se verticalmente, mas caiu "sem reportar nenhuma falha".
O Ministério da Defesa da Venezuela ordenou que seja realizada uma investigação para determinar as causas do acidente.
Entretanto, o Instituto Nacional de Aeronáutica Civil da Venezuela (INAC) anunciou, através da rede social Twitter, que foi localizada numa zona montanhosa do município Sucre, estado de Miranda (leste de Caracas), a aeronave privada que estava desaparecida desde quinta-feira.
A aeronave descolou na quinta-feira do Aeroporto Néstor Arias, de San Felipe (centro do país), com destino ao Aeroporto Óscar Machado Zuloaga, em Charallave, a sul de Caracas, transportando pelo menos uma pessoa, o capitão e piloto Augusto Quintero.
Segundo várias organização não-governamentais venezuelanas, em 21 anos registaram-se 83 acidentes aéreos envolvendo aeronaves militares no país, que provocaram a morte de 169 oficiais das Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela.
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