"Devido à discriminação racial, estereótipos raciais e xenofobia sistemática, as crianças de descendência africana não são consideradas crianças de todo", disse a presidente do Grupo, Catherine Namakula, na apresentação do relatório à Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Criticando os preconceitos contra os afrodescendentes em áreas como a administração da justiça, aplicação da lei, educação e saúde, os peritos da ONU vincam que "em toda a diáspora, estas crianças enfrentam um policiamento mais pesado, incluindo mais detenções, vigilância policial, perfis raciais, buscas corporais e uso excessivo de força".
A infância destas crianças, lê-se ainda no comunicado divulgado pela ONU, "é roubada pelas disparidades raciais no policiamento e nas intervenções familiares, incluindo a retirada das crianças e a eliminação dos direitos parentais, com decisões e resultados baseados na raça".
Um dos exemplos apresentados é o das imagens de crianças de raça negra para mostrar condições pouco dignas: "Os peritos exortaram a ONU e outros atores a pararem de usar imagens de crianças africanas em circunstâncias indignas, para efeitos de marketing e de angariação de fundos, e lidar com os estereótipos negativos", lê-se no comunicado, que defende que "as crianças de descendência africana não são sinónimo de pobreza".
Leia Também: Fome ameaça oito milhões de pessoas no Sudão do Sul