A CGE foi aprovada, após um parecer favorável de uma resolução apresentada pela Comissão do Plano e Orçamento do parlamento.
O documento foi debatido na última semana, tendo a bancada maioritária da Frelimo defendido a viabilização do instrumento, considerando haver um esforço do Governo no aumento de verbas para os setores com impacto na redução da pobreza.
Por seu turno, a Resistência Nacional Moçambique (Renamo), principal partido da oposição, defendeu na altura o chumbo da CGE, argumentando que o executivo persiste em desrespeitar recomendações do Tribunal Administrativo na execução do Orçamento do Estado.
"O Tribunal Administrativo aponta erros graves e violações da lei reiteradas, o que consubstancia arrogância, prepotência e desrespeito às instituições do Estado e aos moçambicanos", referiu o grupo parlamentar da Renamo nos pareceres endereçados às comissões parlamentares.
Por seu turno, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, também pediu a reprovação da CGE, acusando o Governo de "patrocinar a corrupção", ao ignorar uma alegada má gestão dos recursos do Estado nas instituições sob sua tutela.
Comentando as posições dos grupos parlamentares, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, reiterou o compromisso do Governo com o rigor na gestão das contas públicas, através de medidas e políticas viradas para uma "planificação, orçamentação e execução eficaz dos recursos do Estado".
A CGE nunca foi reprovada pelo parlamento, porque a Frelimo viabiliza o documento, por força da maioria que sempre deteve na Assembleia da República.
Em contraponto, a oposição votou sempre contra o documento, acusando o Governo da Frelimo de má gestão dos recursos do Estado e de permitir práticas corruptas com os recursos públicos.
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