Parlamento moçambicano aprova em definitivo Conta Geral do Estado de 2021

A Assembleia da República de Moçambique aprovou hoje em votação final a Conta Geral do Estado (CGE) de 2021, com os votos a favor da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido com maioria parlamentar, e contra da oposição.

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Lusa
09/11/2022 14:19 ‧ 09/11/2022 por Lusa

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Moçambique

A CGE foi aprovada, após um parecer favorável de uma resolução apresentada pela Comissão do Plano e Orçamento do parlamento.

O documento foi debatido na última semana, tendo a bancada maioritária da Frelimo defendido a viabilização do instrumento, considerando haver um esforço do Governo no aumento de verbas para os setores com impacto na redução da pobreza. 

Por seu turno, a Resistência Nacional Moçambique (Renamo), principal partido da oposição, defendeu na altura o chumbo da CGE, argumentando que o executivo persiste em desrespeitar recomendações do Tribunal Administrativo na execução do Orçamento do Estado. 

"O Tribunal Administrativo aponta erros graves e violações da lei reiteradas, o que consubstancia arrogância, prepotência e desrespeito às instituições do Estado e aos moçambicanos", referiu o grupo parlamentar da Renamo nos pareceres endereçados às comissões parlamentares. 

Por seu turno, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), terceiro partido, também pediu a reprovação da CGE, acusando o Governo de "patrocinar a corrupção", ao ignorar uma alegada má gestão dos recursos do Estado nas instituições sob sua tutela. 

Comentando as posições dos grupos parlamentares, o primeiro-ministro, Adriano Maleiane, reiterou o compromisso do Governo com o rigor na gestão das contas públicas, através de medidas e políticas viradas para uma "planificação, orçamentação e execução eficaz dos recursos do Estado".

A CGE nunca foi reprovada pelo parlamento, porque a Frelimo viabiliza o documento, por força da maioria que sempre deteve na Assembleia da República.

Em contraponto, a oposição votou sempre contra o documento, acusando o Governo da Frelimo de má gestão dos recursos do Estado e de permitir práticas corruptas com os recursos públicos. 

Leia Também: Enfermeiros Portugueses diz que propostas do Governo "mantêm injustiças"

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