Um homem foi condenado, esta sexta-feira, a 18 anos de prisão, depois de ter tentado entrar em contacto com mais de cinco mil pessoas para que estas fossem suas "escravas sexuais".
Jordan Croft, natural de Worthing, no Reino Unido, foi detido em 2019, e os relatos das vítimas são conhecidos, assim como o seu 'modus operandi'. "Fizeste-me sofrer tempo suficiente e agora é a tua vez. Espero que ardas no inferno", disse uma das vítimas, citada pela Sky News.
"As tuas ações horríveis arruinaram as vidas de centenas, senão milhares, de jovens raparigas que nunca vão esquecer ou permitir-se esquecer daquilo que tu lhes fizeste", contou, em tribunal, uma outra.
Os testemunhos continuaram, e uma delas confessou que ficou surpreendida com a maldade do homem, de agora 26 anos: "Estava aterrorizada e pensei que não havia uma solução. Encurralaste-me. Assustaste-me. Não queria acreditar que alguém conseguisse ser tão violento e nojento".
De acordo com as publicações internacionais, o homem fazia-se passar por um adolescente e pedia imagens às crianças e adolescentes, e, uma vez na posse das mesmas - onde estas apareciam nuas - revelava a sua identidade.
As jovens eram depois adicionadas a um grupo de mensagens encriptadas, no Telegram, onde eram obrigadas a dizer sempre que estavam ocupadas "por forma a que ele soubesse que não estava a ser ignorado". A partir daí, o homem obrigada as jovens a enviar mensagens de cariz sexual ou que degradassem a sua imagem de alguma forma, como, por exemplo, a fazer as necessidades.
Croft chantageava as jovens dizendo que iria mostrar as imagens que tinha às famílias ou amigos das vítimas. A Agência de Crime Nacional (NCA, na sigla em inglês) conseguiram ligá-lo a 20 perfis diferentes, de quatro plataformas.
A detenção do suspeito de Croft ocorreu na sequência da identificação dos vários perfis, depois de queixas a várias autoridades. O homem atuava desde, pelo menos, 2018.
Foram encontradas mais de 900 imagens na sua posse. Um dos investigadores da NCA disse que Croft "causou um desgosto a muitas vítimas e famílias". "A perversão sexual que ele mostrou constantemente enquanto abusou destas crianças e adultos é horrível", afirmou Martin Ludlow, citado pela Sky News.
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