"A Argélia condena nos termos mais enérgicos o atentado terrorista que ocorreu hoje no distrito de Taksim, no centro de Istambul, na irmã República da Turquia, que causou muitas vítimas", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros argelino num comunicado citado pela agência Efe.
Argel expressou os seus "mais sentidos pêsames" às famílias das vítimas, manifestando também a sua "total solidariedade com a República turca, a sua liderança, o Governo e o povo, nestas terríveis circunstâncias".
O comunicado reitera a "necessidade de intensificar os esforços da comunidade internacional para combater o terrorismo de acordo com um enfoque integral e multilateral que assegure enfrentar o perigoso recrudescimento deste flagelo nos últimos tempos, e preveni-lo secando as suas fontes materiais e intelectuais".
A mesma fonte recordou que a Argélia "sofreu com o flagelo do terrorismo e derrotou-o", permanecendo "convencida de que a amiga República turca é capaz de superar este flagelo graças à unidade e firmeza do seu povo, e o seu apoio aos esforços da sua liderança visa preservar a segurança e estabilidade do país".
Uma mulher estará na origem do atentado de hoje em Istambul, na Turquia, que fez pelo menos seis mortos e 81 feridos, de acordo com o último balanço, anunciou o vice-Presidente turco, Fuat Oktay.
"Consideramos que se trata de um atentado terrorista devido à explosão de uma bomba detonada por um agressor que será uma mulher, de acordo com as primeiras informações", disse Oktay à imprensa, segundo a agência France-Presse (AFP).
O atentado aconteceu na avenida Istiklal, na zona comercial de Istambul, a maior cidade da Turquia e capital económica do país, pelas 16:20 locais (13:20 em Lisboa).
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, denunciou, numa intervenção transmitida em direto pela televisão, o "vil atentado", dizendo que "as primeiras observações" deixavam entender que se tratava de um atentado terrorista" em que "uma mulher estaria implicada".
O ataque ainda não foi reivindicado.
Segundo a agência de notícias estatal Anadolu, foram já designados cinco promotores de justiça para investigar a explosão.
O Conselho Supremo de Rádio e Televisão, órgão que vigia os órgãos de comunicação social na Turquia, impôs uma proibição temporária de relatos sobre a explosão -- uma medida que impede as emissoras de exibir vídeos do momento da explosão ou das suas consequências.
Em imagens difundidas nas redes sociais, ouve-se o momento da explosão, acompanhado de chamas e desencadeando imediatamente um movimento de pânico, sendo também visível uma grande cratera negra, bem como vários corpos no solo, nas proximidades.
A Turquia foi atingida por uma série de atentados mortais entre 2015 e 2017 cometidos pelo grupo Estado Islâmico e grupos curdos.
Nesse período, a avenida Istiklal foi atingida por um ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, que matou quase 500 pessoas e feriu mais de 2.000.
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