Entre estes suspeitos conta-se a pessoa que alegadamente colocou o explosivo, disse Suleyman Soylu.
"A pessoa que colocou a bomba foi presa (...) De acordo com as nossas descobertas, a organização terrorista PKK [Partido dos Trabalhadores do Curdistão, ilegalizado] é responsável" pelo ataque, acrescentou Soylu, citado pela agência de notícias oficial turca Anadolu e pelas estações de televisão locais.
O ministro também acusou as forças curdas que controlam a maior parte do nordeste da Síria, consideradas terroristas por Ancara, de estarem por detrás do ataque.
"Acreditamos que a ordem do ataque foi dada por Kobane", indicou.
Na batalha de Kobane, em 2015, as forças curdas conseguiram repelir o grupo extremista Estado Islâmico (EI). A cidade está sob controlo das Forças Democráticas Sírias (SDF), das quais as Unidades de Proteção Popular (YPG), com base no PKK, são uma componente importante.
O ataque, que ainda não foi reivindicado, deixou seis mortos e 81 feridos, metade dos quais foram hospitalizados. Todas as vítimas são de nacionalidade turca.
Fechado imediatamente depois do ataque, o acesso à rua, frequentada por residentes e turistas de Istambul, foi novamente permitido esta manhã, noticiaram os meios de comunicação social turcos.
O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, foi o primeiro a denunciar um "ataque vil", pouco antes de partir para a Indonésia, onde vai decorrer a partir de terça-feira a cimeira do G20 [grupo das 20 economias mais desenvolvidas] em Bali: "as primeiras observações sugerem um ataque terrorista".
"Os perpetradores deste vil ataque serão desmascarados. Que o nosso povo esteja seguro [de que] será punido", prometeu Erdogan, que já enfrentou uma campanha de terror em todo o país em 2015-2016.
O PKK, considerada uma organização terrorista por Ancara, mas também pelos aliados ocidentais, incluindo Estados Unidos e UE, trava uma luta armada contra o Governo turco desde meados dos anos 1980, tendo sido várias vezes acusado, no passado, de perpetrar ataques terroristas em solo turco.
Em dezembro de 2016, 47 pessoas morreram e 160 ficaram feridas num duplo ataque perto do estádio de futebol Besiktas em Istambul, reivindicado pelos Falcões da Liberdade do Curdistão (TAK), um grupo radical curdo próximo do PKK.
O PKK é também alvo regular de operações militares turcas contra bases no norte do Iraque e na Síria.
No mês passado, numerosas acusações transmitidas pela oposição e pelos observadores turcos, mas negadas pelas autoridades, referiam-se à utilização de armas químicas pelo exército turco contra combatentes do PKK que publicaram uma lista de 17 nomes, acompanhados de fotografias de pessoas apresentadas como mártires mortos por gás tóxico.
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