"Acredito que eles [Rússia] não precisam de que haja nova Guerra Fria"
O líder norte-americano falou esta, segunda-feira, após o encontro com o presidente da China, que decorre na véspera da cimeira do G20 começar. Reunião demorou três horas.
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Mundo EUA
O presidente dos Estados Unidos conversou, esta segunda-feira, com o seu homólogo chinês, e garantiu que houve coisas em que discordaram, mas que a opinião quanto ao conflito na guerra na Ucrânia se aproxima.
Questionado pelo Wall Street Journal sobre a possibilidade de existir uma guerra nuclear, Joe Biden foi peremptório: "Eu acredito que eles [Rússia] não precisam que haja uma nova Guerra Fria", afirmou, reiterando que ambos os líderes foram "claros" quanto a esse assunto.
As declarações foram feitas após a reunião entre os dois líderes, que durou três horas, mas, entretanto, a Casa Branca emitiu também um comunicado, no qual deixa bem claro - tal como Biden fez questão de fazer durante o encontro com os jornalistas- que na questão nuclear os dois líderes estavam de acordo.
"Os presidentes Biden e Xi reiteraram o seu acordo de que não deve existir uma guerra nuclear e de que é também um conflito que não pode ser ganho", lê-se na nota citada pela agência France Press.
Questionado sobre se achou Xi Jinping "conflituoso", dadas as tensões internacionais entre os dois países, Biden explicou que o "encontrou da forma como ele tem sido: direto e honesto".
Recorrendo aos resultados à quase certa vitória democrata nas eleições intercalares, quue contrariam a 'onda vermelha' dada pelas sondagens, Biden disse: "Acho que as eleições ainda estão incertas, mas enviam uma mensagem muito forte ao mundo: os Estados Unidos estão prontos para o desempenhar o seu papel", completou, clarificando que houve assuntos em que discordaram, e outros que foram ao encontro um do outro - no caso do conflito nuclear, tal como já tinha dito.
Ainda quanto às eleições, o presidente dos EUA não deixou de dizer uma palavra, ainda no início da conferência: "Mais uma vez, os americanos provaram que a democracia é quem nós somos", afirmou Joe Biden.
"O que estas eleições mostram é que há uma inabalável vontade de preservara democracia", continuou, no mesmo dia em que se reuniu, durante três horas, com o presidente da China, em Bali, na Indonésia.
Biden deixou repetiu várias vezes durante a sua intervenção que a conversa com o líder da China deixou os assuntos entre os dois bem clarificados.
"Tivemos uma conversa aberta sobre as nossas intenções e prioridades. Foi claro. Ele foi claro e eu também", afirmou. O responsável norte-americano disse ainda que não acreditava que houvesse uma tentativa iminente da parte da China em invadir Taiwan, apesar de a tensão entre dos dois territórios ter, ao longo dos últimos tempos, aumentando.
[Notícia atualizada às 14h39]
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