Ataque russo em Kyiv e sirenes antiaéreas ativadas em diversas regiões
Dois edifícios residenciais foram hoje atingidos num novo ataque russo em Kyiv, indicou o presidente do município da capital da Ucrânia, enquanto as sirenes antiaéreas foram ativadas em todas as regiões do país, de acordo com responsáveis da defesa.
© Twitter / @Asiftintoiya12
Mundo Kyiv
O alerta antiaéreo foi acionado em todo o território ao início da tarde devido a possíveis ataques com mísseis.
"Ataque à capital: segundo as informações preliminares, dois edifícios residenciais foram atingidos no distrito de Petchersk. Diversos mísseis foram abatidos sobre Kyiv pela defesa antiaérea", afirmou o presidente da câmara, Vitaly Klitschko, numa mensagem publicada na rede social Telegram.
"Médicos e equipas de socorro já se encontram nos locais atingidos", acrescentou o autarca.
Previamente, os responsáveis das administrações regionais de Kryvyi Rih (centro), Oleksandr Vilkul, e de Mykolaiv (sul), Vitaly Kim, referiram um lançamento massivo de mísseis a partir de território russo.
Este ataque a Kyiv atribuído ao exército de Moscovo surge alguns dias após a retirada das forças russas de Kherson, sul da Ucrânia, e em plena cimeira do G20 (grupo das economias mais desenvolvidas e emergentes) na Indonésia.
"A Rússia responde ao poderoso discurso de Volodymyr Zelensky no G20 com um novo ataque com mísseis", denunciou, através da rede social Twitter, Andrii Iermak, chefe de gabinete da Presidência ucraniana.
"Alguém pensa seriamente que o Kremlin quer a paz? Pretendem obediência. Mas no final, os terroristas perdem sempre", acrescentou.
Num breve vídeo difundido no Telegram por Kyrylo Tymochenko, chefe-adjunto da Presidência ucraniana, era visível uma parte de um edifício de cinco andares em chamas.
"O perigo não passou. Permaneçam nos abrigos", exortou o representante numa mensagem aos habitantes da capital.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.557 civis mortos e 10.074 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
[Notícia atualizada às 14h44]
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