Por uma maioria de 62 contra 37, os senadores, incluindo uma dúzia de republicanos, votaram a favor de uma disposição processual, numa votação rara que atravessou as divisões partidárias, pouco mais de uma semana após as eleições intercalares.
Nos Estados Unidos, a união entre pessoas do mesmo sexo está garantida pelo Supremo Tribunal, desde 2015.
Contudo, após a histórica reversão da jurisprudência sobre a lei do aborto, determinada pelo Supremo Tribunal, muitos progressistas temem que este direito também fique em risco.
Em meados de julho, a câmara dos representantes dos EUA aprovou uma lei para proteger este género de casamento, em todo o país.
A totalidade dos membros democratas da câmara baixa e ainda 47 republicanos aprovaram a proposta, que foi rejeitada por quase 160 republicanos.
Já no senado, as negociações estavam em curso há várias semanas, com o objetivo de garantir o apoio de pelo menos 10 republicanos, o número necessário para aprovação devido às regras da maioria qualificada.
Na segunda-feira, um grupo de senadores de ambos os partidos anunciou que tinha sido alcançado um acordo nesse sentido.
Este texto "garantirá que casais LGBTQI+ e mistos sejam respeitados e protegidos uniformemente pela lei federal", comentou o Presidente dos EUA, Joe Biden, num comunicado.
A maioria dos norte-americanos apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo, mesmo nas fileiras republicanas, mas a direita religiosa tem mantido uma postura constante de oposição.
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