A lei atribui o estatuto de veterano a todas as pessoas que tenham integrado as unidades de voluntários criadas por Moscovo depois do início da "operação militar especial" da Rússia na Ucrânia, a partir de 24 de fevereiro, bem como nos territórios das regiões ucranianas de Kherson e Zaporijia, a partir de 30 de setembro.
O diploma garante também o estatuto de inválido em combate às pessoas que fiquem com alguma incapacidade devido a ferimentos sofridos em combate, segundo a agência de notícias russa Interfax.
A medida já tinha sido aprovada pelo parlamento a 10 de novembro.
Após essa votação, o presidente da Duma (câmara baixa do parlamento russo), Viacheslav Volodin, sublinhou tratar-se de uma "decisão justa para os voluntários e os membros das suas famílias que, como o pessoal militar, usufruirá de benefícios e medidas de apoio social, nos termos do estabelecido na legislação".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 271.º dia, 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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