Apagões na Ucrânia? "Provavelmente até pelo menos o final de março"

Metade da infraestrutura de energia da Ucrânia foi danificada por ataques russos nas últimas semanas, deixando milhões de pessoas sem eletricidade e água.

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© Paula Bronstein / Getty Images

Daniela Carrilho com Lusa
22/11/2022 10:20 ‧ 22/11/2022 por Daniela Carrilho com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

Há probabilidade de o povo ucraniano ter de viver com apagões, pelo menos, até ao final de março do próximo ano. Quem o disse foi o chefe do principal fornecedor privado de energia, YASNO, em Kyiv.

Sergey Kovalenko salienta que os trabalhadores estão a tentar concluir os reparos o mais rapidamente possível, antes que o frio do inverno chegue.

"Os trabalhadores da energia, apesar do mau tempo, agora estão a fazer o possível para concluir o restauro antes de mais tempo frio. Gostava que todos entendessem: muito provavelmente, os ucranianos terão de viver com apagões até pelo menos o final de março. O cenário básico é o seguinte: se não houver novos ataques à rede elétrica, nas condições atuais de geração de eletricidade, o défice de energia pode ser distribuído uniformemente por todo o país. Isso significa que as interrupções vão acontecer em todo o lado, mas com menos duração", referiu o responsável.

Recorde-se que o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, revelou que metade da infraestrutura de energia da Ucrânia foi danificada por ataques russos, deixando milhões de ucranianos sem acesso a eletricidade e água.

A ofensiva militar lançada em 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Após ataques russos, mais de 10 milhões ficaram sem eletricidade

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