Ataques massivos na Ucrânia. Três mortos e cortes de energia em Kyiv

Antes dos bombardeamentos desta quarta-feira, foram ouvidos alertas de ataques aéreos em todo o país.

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© REUTERS/Valentyn Ogirenko

Daniela Carrilho com Lusa
23/11/2022 15:16 ‧ 23/11/2022 por Daniela Carrilho com Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

A Rússia voltou à carga e lançou uma nova vaga de mísseis contra o território ucraniano. Uma série de explosões foram ouvidas, esta quarta-feira, em Kyiv, e provocaram pelo menos três mortos e nove feridos.

"Nove pessoas ficaram feridas, oito delas foram transportadas para hospitais de Kyiv. Uma vítima recebeu tratamento médico no local", salientou numa publicação na rede social Telegram.

Os ataques atingiram infraestruturas críticas e edifícios residenciais na capital da Ucrânia, conforme foi confirmado pelo autarca de Kyiv, Vitaly Klitschko.

Na sequência dos bombardeamentos, Kyiv registou cortes de eletricidade e de abastecimento de água.

"Não há luz em alguns distritos de Kyiv. Especialistas em energia relatam paralisações de emergência. Devido ao bombardeamento, também o abastecimento de água foi suspenso. Os especialistas estão a trabalhar para restaurá-lo o mais rápido possível", avisou Klitschko, que pediu os moradores que fiquem em abrigos antiaéreos e se preparem para o "pior cenário" durante o inverno.

"Este é o pior inverno desde a Segunda Guerra Mundial", afirmou.

Também foram registadas explosões nas regiões de Mykolaiv, Dnipropetrovsk e Lviv. A defesa aérea ucraniana conseguiu eliminar algumas das ameaças russas.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Dmytro Kuleba, pediu que se ativem "todos os sistemas de defesa aérea que sejam necessários o mais rápido possível", na sequência destes novos ataques.

"A Rússia comemora o seu reconhecimento como Estado terrorista com novos mísseis de terror contra a capital da Ucrânia e outras cidades", afirma Kuleba, numa publicação na rede social Twitter, acrescentando que "a Rússia deve ser reconhecida como um estado terrorista mundial e a Ucrânia deve obter todos os sistemas de defesa aérea necessários o mais rápido possível".

Recorde-se que a Rússia atacou hoje uma maternidade na região de Zaporíjia, que matou um bebé recém-nascido, no dia em que foi declarada como "estado patrocinador do terrorismo" pelo Parlamento Europeu.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.595 civis mortos e 10.189 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

Leia Também: Parlamento Europeu declara Rússia como Estado patrocinador do terrorismo

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