A procuradoria-geral ucraniana disse, esta segunda-feira, que já foram dadas como desaparecidas 329 crianças, denunciando que a Rússia terá deportado outros 12.034 menores.
Numa publicação no Telegram, a autoridade diz que foram encontradas e devolvidas às famílias mais de 7.800.
"Estes números não são definitivos, pois o trabalho segue em locais de conflito ativo, em territórios temporariamente ocupados ou libertados", acrescenta a procuradoria.
As autoridades ucranianas têm acusado os russos de raptar crianças e adolescentes, de territórios ocupados ucranianos para o interior de fronteiras russas, como forma de as doutrinar para a propaganda do Kremlin.
Segundo os dados apresentados pelos ucranianos, terão sido mortas ao longo da guerra 440 crianças e outras 1.291 ficaram feridas, um número ligeiramente superior ao valor calculado pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que dá conta de 419 menores mortos.
As autoridades ucranianas apontam que a maioria das baixas de menores foram registadas na região de Donetsk, que está maioritariamente ocupada pela Rússia, e em Kyiv e Kharkiv, as duas maiores cidades do país.
A procuradoria-geral acrescenta ainda que foram atingidas por ataques russos 2.719 instituições de ensino; dessas, 332 foram contadas como destruídas.
O conflito na Ucrânia já fez quase 6.600 mortos civis, segundo os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a entidade adverte que o real número de mortos poderá ser muito superior, devido às dificuldades em contabilizar os mortos em zonas sitiadas ou ocupadas pelos russos, como em Mariupol, por exemplo, onde se estima que tenham morrido milhares de pessoas.
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