A nova ajuda de 53 milhões de dólares (cerca de 51 milhões de euros) atribuída por Washington consistirá em transformadores e outros equipamentos destinados a produzir eletricidade ou consertar o sistema elétrico danificado pelos mísseis russos e será enviado à Ucrânia com urgência, sublinhou o Governo norte-americano em comunicado.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, informou os seus aliados desta nova iniciativa de apoio ao setor energético ucraniano na reunião que o G7 - os sete países democráticos mais industrializados do mundo - realizou durante a cimeira de ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO, que começou hoje em Bucareste.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, os EUA "forneceram quase 32.000 milhões de dólares (cerca de 31.000 milhões de euros) em assistência à Ucrânia, incluindo 145 milhões de dólares (cerca de 140 milhões de euros) para ajudar a reparar, manter e reforçar o setor elétrico ucraniano, perante os ataques contínuos.
A Rússia tem promovido, desde o início de outubro, uma vaga de ataques em massa com mísseis contra a infraestrutura de energia em toda a Ucrânia.
Segundo dados citados pelo Governo ucraniano, entre 25% e 30% deste tipo de infraestruturas ficou danificada.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou na segunda-feira que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, "está a tentar utilizar o inverno como arma de guerra" contra a Ucrânia.
Já hoje, os chefes da diplomacia da NATO comprometeram-se a apoiar a Ucrânia enquanto repara a sua infraestrutura energética atingida pelos bombardeamentos russos e permitir que a população enfrente o inverno em melhores condições.
Na declaração aprovada no final do seu primeiro dia de reunião em Bucareste, os governantes sublinharam que a "agressão" da Rússia, incluindo os seus "persistentes e desmedidos ataques às infraestruturas civis e energéticas ucranianas" estão "a privar milhões de ucranianos dos serviços básicos".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.655 civis mortos e 10.368 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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