"Numa altura, em que acontecem protestos na China, é importante nós enviarmos esta mensagem ao povo chinês", disse o escritor e membro do Congresso da Juventude Tibetana Tenzin Tsundue, durante o protesto em Nova Deli.
Tsundue disse estar entusiasmado com o facto de o povo chinês estar a manifestar-se contra as restrições e a exigir liberdade e democracia.
Organizada pelo Congresso da Juventude Tibetana, a manifestação foi realizada em Nova Deli, no Jantar Mar, uma zona designada pelas autoridades para protestos junto ao parlamento indiano.
Segurando papéis brancos, como símbolo das manifestações na China, os tibetanos pediram que Xi Jinping renunciasse e gritaram palavras de ordem como "Pare o genocídio na China" e "Tibete livre, China livre".
Um grande número de tibetanos vive no exílio na Índia desde que Dalai Lama fugiu do Tibete em 1959, após uma revolução fracassada contra o regime chinês.
A China não reconhece o autodeclarado governo tibetano no exílio na Índia e rejeita a vontade de Dalai Lama por uma maior autonomia tibetana de Pequim.
O governo exilado expressou hoje profunda preocupação com a situação na China e disse que está solidário com as pessoas que protestam contra as restrições da covid-19.
Em comunicado, os tibetanos observaram a existência de áreas bloqueadas, como Lhasa, no Tibete.
"[A política 'zero Covid'] provocou dificuldades imensuráveis, pois as pessoas enfrentaram restrições extremas de movimento, acesso inadequado a alimentos e medicamentos, perda de meios de subsistência e angústia mental", afirmaram.
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