A carga foi descoberta na quinta-feira, segundo a Quinta Frota dos Estados Unidos, com sede no Bahrein, responsável pela Marinha americana no Golfo Pérsico, Mar Vermelho e Mar da Arábia.
Segundo a mesma autoridade, em comunicado divulgado hoje, esta foi "a segunda maior apreensão ilegal de armas em meses".
No comunicado, o vice-almirante americano Brad Cooper acusou o Irão da transferência ilegal de apoio militar e de ter um "comportamento desestabilizador".
"As forças navais dos Estados Unidos estão a trabalhar para prevenir e interromper atividades marítimas perigosas e irresponsáveis na região", acrescentou o responsável.
O Irão apoia os rebeldes Huthis no Iémen, mas nega fornecer-lhes armas.
A embarcação de pesca intercetada pela Marinha americana carregava ainda quase 7.000 lança-rockets.
Em novembro, os Estados Unidos anunciaram a interceção de um outro barco do Irão que levava materiais que podiam ser usados para fabricar combustível para mísseis e explosivos que teriam como destino os rebeldes iemenitas.
O Iémen vive desde 2014 mergulhado num conflito entre rebeldes Huthis, próximos do Irão, e forças do governo, apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita e que inclui os Emirados Árabes Unidos. Os Huthis controlam a capital Sanaa e grandes extensões de território no norte e oeste do país.
Um cessar-fogo de dois meses, mediado pela Organização das Nações Unidas, entrou em vigor em 2 de abril deste ano, tendo depois sido renovado duas vezes e terminado em 2 de outubro.
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