A melhoria das condições climatéricas permitiu hoje que as equipas de resgate retomassem os esforços de evacuação e uma busca por possíveis vítimas no distrito de Lumajang, na província de Java Oriental.
Centenas de efetivos foram hoje mobilizados para as aldeias mais atingidas, Sumberwuluh e Supiturang, que ficaram cobertas de cinzas, bloqueando a luz do sol, mas onde até ao momento não foi registada qualquer vítima.
As fortes chuvas de monção erodiram e finalmente derrubaram a cúpula de lava no topo do vulcão de 3.676 metros de altura, causando uma avalancha de gás e lava nas encostas em direção ao rio Besuk Kobokan.
O gás desceu pelas encostas da montanha, sufocando aldeias inteiras e destruindo uma ponte que acabara de ser reconstruída após uma erupção inesperada que no ano passado matou 51 pessoas e deixou mais de 10 mil pessoas deslocadas.
O chefe do distrito de Lumajang, Thoriqul Haq, disse que os aldeões, que ainda são assombrados pela erupção de 2021, fugiram quando ouviram a montanha começar a tremer no início do domingo, o que permitiu que as "mortes pudessem ser evitadas".
"Eles aprenderam uma lição importante sobre como evitar o perigo de erupção", disse Thoriqul Haq.
O dirigente disse que quase duas mil pessoas escaparam para abrigos de emergência em várias escolas, mas que muitas voltaram hoje às casas para cuidar dos rebanhos e proteger as propriedades.
O aumento da atividade vulcânica na tarde de domingo levou as autoridades a ampliar a zona de perigo para 13 quilómetros em redor da cratera, e os cientistas elevaram o nível de alerta do vulcão ao máximo, disse Hendra Gunawan, que chefia o Centro de Vulcanologia e Mitigação de Riscos Geológicos indonésio.
O arquipélago da Indonésia situa-se no chamado "anel de fogo" do Pacífico, uma zona de grande atividade sísmica e vulcânica, onde são registados milhares de sismos por ano, na maioria de magnitude fraca a moderada, e com cerca de 120 vulcões ativos.
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