Vários habitantes da região de Kyiv abrigaram-se em estações de metro durante o alerta de ataque aéreo desta segunda-feira em vários locais da Ucrânia.
O The Kyiv Independent avança que algumas estações ficaram muito cheias e os comboios não fizeram as habituais paragens.
As pessoas deslocaram-se para o abrigo subterrâneo para se manter em segurança. Consigo levaram os seus animais de estimação, cobertores para se sentar e tapar e livros e jogos de mesa para se distrair.
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Recorde-se que, durante o dia de hoje, a Rússia lançou novos ataques com mísseis que atingiram as cidades de Zaporíjia, Odessa, Cherkasi, Kharkiv, Dnipropetrovsk e Poltava.
As autoridades ucranianas esperam uma nova onda de bombardeamentos russos durante esta semana, depois de, nos últimos meses, diversos ataques das forças armadas russas terem visado a infraestrutura crítica e causado cortes maciços de água e energia em todo o país e, principalmente, na capital Kyiv.
A operadora estatal de eletricidade ucraniana Ukrenergo informou hoje que o país registou um novo corte geral no fornecimento de eletricidade no contexto de uma situação que "permanece complicada", tendo em conta a aproximação do inverno.
O presidente Volodymyr Zelensky já tinha afirmado que "o inimigo espera realmente usar o inverno contra nós: fazer do inverno frio e das dificuldades parte do seu terror".
"Temos de fazer de tudo para aguentar este inverno, por mais difícil que seja. E vamos aguentar. Suportar este inverno é defender tudo", afirmou o líder ucraniano, que pediu mais união do que nunca ao povo ucraniano, elemento essencial para "suportar" e ultrapassar as temperaturas gélidas que por lá se fazem sentir nesta altura.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas - mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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