"Temos novos casos de remessas perigosas para embaixadas nossas", disse o ministro ucraniano dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba, em declarações citadas pelo portal Ukrinfrom.
O objetivo é "aterrorizar os nossos representantes", continuou o ministro, deixando aos responsáveis por tais atos a mensagem de que "parem de desperdiçar tempo e dinheiro" porque "não vão conseguir nada".
Até agora, foram confirmadas cartas ameaçadoras - com material pirotécnico ou com olhos de animais no interior e vestígios de sangue - em Espanha, Hungria, Holanda, Polónia, Croácia, Itália e República Checa.
Em Espanha foram intercetados envelopes com essas características nos últimos dias na Embaixada em Madrid, bem como nos consulados de Málaga e Barcelona.
Antes já terem sido enviadas cartas armadilhadas, a primeira das quais a 24 de novembro para o Palácio da Moncloa (sede do Governo espanhol) e dirigida ao primeiro-ministro, Pedro Sánchez.
Cartas armadilhadas foram igualmente enviadas para o Ministério da Defesa espanhol, o Centro de Satélites da base aérea de Torrejón de Ardoz (Madrid) e a empresa de armas Instalaza, em Saragoça.
Só um destes pacotes causou um ferido ligeiro, quando um trabalhador da embaixada da Ucrânia abriu o envelope e sofreu ferimentos nas mãos.
O ministro da Administração Interna espanhol recomendou na sexta-feira à Comissão Europeia e países parceiros que tomem medidas caso recebam cartas armadilhadas semelhantes às enviadas a várias entidades em Espanha, admitindo que podem estar relacionadas com a guerra na Ucrânia.
Na segunda-feira, a embaixada da Ucrânia em Lisboa chamou a polícia por causa de "correspondência suspeita" mas as autoridades não encontraram qualquer explosivo.
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