"Devemos passar do tema da redistribuição [dos requerentes de asilo], que não resolve o problema, à defesa das fronteiras externas para conter a imigração ilegal", assegurou numa breve comparência no final da cimeira UE-Balcãs ocidentais.
A dirigente ultra-direitista, voltou a questionar as organizações não-governamentais (ONG) que salvam migrantes no Mediterrâneo e considerou que esta questão se tornou "prioritária" para Bruxelas, algo que, assegurou "nunca antes tinha acontecido".
Pela sua posição geográfica, assinalou, a Itália encontra-se "numa tenaz", entre as rotas marítimas do Mediterrâneo e as terrestres que cruzam os Balcãs, e os refugiados "não são a maioria dos migrantes que chegam ao país".
Na cimeira de hoje, destinada a reforçar a influência da UE no leste europeu face à Rússia e China em plena guerra na Ucrânia, Meloni também se encontrou com o chanceler alemão, Olaf Scholz, para abordar o tema da energia e na perspetiva do próximo Conselho Europeu.
Nesse sentido, a primeira-ministra italiana considerou "insuficientes" as propostas da Comissão Europeia (CE) para suster o aumento do preço do gás e diminuir o preço das faturas energéticas.
"Esta questão também necessita de ser imediatamente abordada. Isso implica acabar com os custos da especulação (...). Procuramos sinais que indiquem uma resposta da Europa quando se confronte com problemas sérios. Atualmente, a proposta da CE não me parece suficiente e vamos trabalhar para a melhorar", susteve.
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