Washington diz "não encorajar" ataques ucranianos na Rússia

Os Estados Unidos disseram esta terça-feira "não encorajar" a Ucrânia a lançar ataques na Rússia depois de surgirem alegadamente ofensivas de drones de Kyiv contra várias bases aéreas russas.

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Lusa
06/12/2022 22:26 ‧ 06/12/2022 por Lusa

Mundo

Guerra na Ucrânia

"Não estamos a ajudar a Ucrânia a organizar ataques além das suas fronteiras, não estamos a encorajar a Ucrânia a lançar ataques além das suas fronteiras", salientou o porta-voz da diplomacia norte-americana, Ned Price.

"Tudo o que fazemos, tudo o que o mundo faz para apoiar a Ucrânia, é para apoiar a independência ucraniana", acrescentou.

No entanto, Price teve o cuidado de não atribuir os recentes ataques de drones a Kiev, que não reivindicou a responsabilidade.

A Rússia registou três mortes e duas aeronaves danificadas num desses ataques que teve como alvo bases no seu território.

Especialistas acreditam que a Ucrânia entrou no espaço aéreo russo com drones da era soviética, mas não com os milhares de milhões de dólares em ajuda militar dados pelas potências ocidentais desde que a Rússia invadiu o território ucraniano em 24 de fevereiro.

"Estamos a dar à Ucrânia que precisa para usar no seu território soberano -- em solo ucraniano -- para confrontar o agressor russo", disse Ned Price.

O porta-voz não quis comentar informações do Wall Street Journal, segundo as quais os Estados Unidos teriam modificado os HIMARS destinados à Ucrânia, sistemas de artilharia muito poderosos e sofisticados, para evitar que fossem usados para atacar a Rússia.

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse publicamente que não encoraja a Ucrânia a adquirir mísseis de longo alcance, temendo uma escalada que possa levar os norte-americanos a desempenhar um papel mais direto contra a Rússia.

Leia Também: Europa Central oferece ajuda a Kyiv para travar saída de refugiados

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