Jornalista Grant Wahl morre no Qatar. Irmão acredita em assassinato
O irmão do profissional que estava a cobrir o Campeonato do Mundo alegou que o homem foi alvo de um assassinato por ter usado uma camisola com as cores do arco-íris, em alusão à comunidade LGBT, à entrada de um estádio, há cerca de duas semanas.
© Grant Wahl/Twitter
Mundo Mundial 2022
O jornalista norte-americano Grant Wahl morreu no Qatar, local onde se encontrava a fazer a cobertura do Mundial 2022, semanas depois de ter sido detido por usar uma camisola com um arco-íris. De acordo com a CNN, o profissional de comunicação terá desmaiado durante o jogo entre a Argentina e os Países Baixos, que decorreu ao final do dia de sexta-feira, conforme mostra uma publicação da Globo na rede social Twitter.
O jornalista, de 48 anos, "sentiu-se mal na tribuna da imprensa do Estádio Lusail", disse um porta-voz do comité supremo da organização.
Segundo a organização, cita a CNN, Wahl recebeu “tratamento médico imediato no local”, tendo sido posteriormente transferido para o Hamad General Hospital.
A federação dos Estados Unidos já lamentou a morte do repórter.
U.S. Soccer Statement On The Passing Of Grant Wahl: pic.twitter.com/CBp1mCK1mQ
— U.S. Soccer (@ussoccer) December 10, 2022
Há alguns dias, Grant Wahl comentou no seu boletim informativo online que tinha ido a uma clínica no centro dos media.
"Disseram-me que provavelmente tinha bronquite. O meu corpo finalmente desistiu de mim. Três semanas com pouco sono, muito stress e trabalho podem ter esse efeito (...). Pude sentir a parte superior do peito a assumir um novo nível de pressão e desconforto", escreveu.
As circunstâncias da morte não são claras, mas o irmão de Wahl alega que o jornalista foi assassinado.
Num vídeo, partilhado nas redes sociais, Eric Wahl revela ser gay, sendo esse o motivo pelo qual o irmão se solidarizou com a comunidade LGBTQ+ ao usar uma camisola com um arco-íris, e conta que o jornalista terá sido alvo de ameaças de morte.
Eric Wahl, the brother of sportswriter Grant Wahl who died in Qatar while covering the World Cup, is asking for help.
— philip lewis (@Phil_Lewis_) December 10, 2022
Grant was detained in Qatar for wearing a rainbow shirt two weeks ago pic.twitter.com/lak0b1UZwa
Recorde-se que, no dia 21 de novembro, o jornalista desportivo norte-americano da CBS Sports revelou que foi detido pelas forças de segurança do Estádio Ahmad bin Ali, no Qatar, por usar uma camisola com um arco-íris.
O incidente aconteceu antes da partida entre os EUA e o País de Gales, a contar para o Mundial 2022.
“Os seguranças recusam-se a deixar-me entrar no estádio para o EUA-Gales. 'Tens de mudar a tua camisola. Não é permitido'”, escreveu o jornalista na rede social Twitter, onde se mostrou vestido com a camisola em causa.
O jornalista terá ficado sem telemóvel e continuou a recusar retirar a camisola, tendo sido detido e libertado cerca de meia hora depois.
A homossexualidade é proibida no Qatar. O símbolo do arco-íris tem sido várias vezes usado como forma de exprimir apoio pela comunidade LGBTQ+ no país.
[Notícia atualizada às 13h29]
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