Biden promete visitar África subsaariana

O Presidente norte-americano, Joe Biden, prometeu hoje visitar a África subsaariana e defendeu uma representação permanente do continente africano "em todos os lugares e todas as instituições" do mundo, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas e G20.

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© Nic Antaya/Bloomberg via Getty Images

Lusa
15/12/2022 18:35 ‧ 15/12/2022 por Lusa

Mundo

Biden

Falando para cerca de 50 líderes africanos reunidos numa cimeira em Washington, o líder democrata declarou que prevê visitar a África subsaariana, sem no entanto especificar uma data, na que seria a primeira visita de um Presidente norte-americano ao continente desde 2015.

"Todos nós vamos ver-vos e vocês vão ver-nos muito", disse Biden aos chefes de Estado e de Governo dos 49 países africanos representados na Cimeira Estados Unidos da América (EUA)-África.

Além de não ter indicado uma data, Biden também não mencionou os países que pretende visitar.

Biden seria, portanto, o primeiro líder dos EUA a visitar a África subsaariana desde a viagem do ex-presidente Barack Obama em 2015 ao Quénia e à Etiópia.

No seu discurso, Joe Biden defendeu um maior papel de África no cenário internacional, afirmando que a União Africana deveria ter representação permanente nas instituições globais.

"África deve estar à mesa em todas as salas e em todas as instituições", observou, citando expressamente o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o G20, que reúne as principais potências económicas do mundo.

Este novo apoio do Presidente norte-americano soma-se ao seu compromisso de apoiar uma reforma do Conselho de Segurança, para que este órgão tenha também um representante permanente do continente africano.

Elencando uma série de assistências a África em termos de segurança ou reformas democráticas, Biden voltou a defender uma melhor governação no continente, tema que terá dominado esta cimeira de três dias sobre África.

"Os Estados Unidos são totalmente para a África e com a África", disse Joe Biden.

Após este discurso, o Presidente do Senegal, Macky Sall, que também exerce a presidência rotativa da União Africana, agradeceu a Biden pelo gesto.

A cimeira, que entrou hoje na sua reta final, reuniu líderes de todo o continente africano para discutir formas de fortalecer laços e promover prioridades compartilhadas com os Estados Unidos.

A cimeira deve reavivar as relações dos EUA com o continente africano, colocadas em suspenso pelo ex-presidente Donald Trump, num momento em que China e Rússia avançam com os seus "peões" na região.

Leia Também: EUA. Congressistas pedem prorrogação da expulsão acelerada de migrantes

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