Um comboio, comandado pelo Pai Natal, está a viajar pela Ucrânia com o objetivo de oferecer presentes às crianças afetadas pela guerra.
A iniciativa, apoiada pela UNICEF, está a dar cerca de 30 mil mochilas e kits escolares para dar alegrias aos mais pequenos.
"As crianças aqui sofreram explosões constantes, viram a sua educação interrompida e muitos riscos à sua segurança e direitos. Mochilas escolares, artigos de papelaria e assistência em dinheiro da UNICEF trazem alegria e esperança", refere a página oficial da instituição na rede social Twitter.
Next stop for the #UNICEF-supported @Ukrzaliznytsia gift-giving train: Kramatorsk, #Donetsk
— UNICEF Ukraine (@UNICEF_UA) December 20, 2022
Children here have endured constant explosions, disrupted education, and many risks to their safety and rights. UNICEF schoolbags, stationery, and cash assistance bring joy and hope. pic.twitter.com/QPcDC9cv1b
O Pai Natal vai visitar várias regiões afetadas pela guerra, como Kharkiv, Kherson e Donetsk.
Recorde-se que no dia de São Nicolau, assinalado esta segunda-feira, dia 19 de dezembro, "os terroristas russos presentearam as crianças ucranianas com novos ataques aéreos", cita a CNN.
"As crianças ucranianas, nas suas cartas a São Nicolau, estão a pedir defesas aéreas, armamento e a vitória. Uma vitória para elas, uma vitória para todos os ucranianos. Compreendem tudo, as nossas crianças. Deixem-nos agir", disse, complementando que a vitória da Ucrânia representará uma "vitória para a Europa", que "toda a gente espera".
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou pelo menos 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões de refugiados para países europeus, pelo que as Nações Unidas classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Há o receio de que muitos mais possam deixar as suas casas durante o inverno, uma vez que os repetidos ataques russos às infraestruturas deixaram milhões de ucranianos sem energia, aquecimento ou água em todo o país.
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - tem sido condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.755 civis mortos e 10.607 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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