Comércio entre EUA e África poderá abrir mercado de 3,2 biliões de euros
O memorando de entendimento entre os Estados Unidos e o Secretariado da Zona de Comércio Livre Continental Africana poderá criar um mercado de 3,4 biliões de dólares (3,2 biliões de euros) e abranger 1,3 mil milhões de pessoas, segundo fontes oficiais.
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Mundo Comércio
Num 'briefing' à imprensa na terça-feira, o subsecretário de Estado para Crescimento Económico, Energia e Meio Ambiente norte-americano, Jose W. Fernandez, fez um balanço da cimeira EUA-África que decorreu na semana passada em Washington, colocando em destaque a assinatura deste memorando que visa apoiar as instituições a acelerar o crescimento económico sustentável em todo o continente africano.
"Novas iniciativas de investimento e políticas alcançadas na cimeira incluíram a assinatura de um memorando de entendimento entre os EUA e o Secretariado da Zona de Comércio Livre Continental Africana, a fim de promover um comércio equitativo, sustentável e inclusivo -- comércio esse que abrangerá todo o continente e que abrirá um mercado de 3,4 biliões de dólares de 1,3 mil milhões de pessoas", disse Fernandez.
"Esse é um grande mercado -- é um mercado enorme -- e é nisso que pretendemos trabalhar com este memorando de entendimento", frisou.
De acordo com o executivo norte-americano, uma vez totalmente implementado, o acordo que Estabelece a Zona de Comércio Livre Continental Africana criará um mercado continental combinado que seria "a quinta maior economia do mundo".
No total, o Governo presidido por Joe Biden planeia investir pelo menos 55 mil milhões de dólares (51,7 mil milhões de euros) em África nos próximos três anos, trabalhando em estreita colaboração com o Congresso norte-americano.
Ainda sobre o seu trabalho durante a cimeira, Jose W. Fernandez informou ainda que manteve "discussões produtivas" com parceiros dos setores público e privado sobre o fortalecimento de minerais críticos e cadeias de abastecimento de baterias "que ajudam a expandir as economias e enfrentar a crise climática".
"A parceria é a base da estratégia do Presidente Biden para a África porque sabemos que não podemos enfrentar os desafios donosso tempo sem trazer todos para a mesa. Isso significa Governo em todos os níveis, instituições, setor privado e diáspora africana", afirmou o subsecretário de Estado aos jornalistas, num pronunciamento feito virtualmente.
"Quando falamos sobre prioridades como conservação, mudanças climáticas, transição para energia limpa, cadeias de abastecimento, investimento, empreendedorismo e inovação, precisamos de toda a força da nossa colaboração para ter sucesso, porque não seremos capazes de enfrentar esses desafios sozinho", acrescentou.
A cimeira EUA-África, que chegou ao fim na quinta-feira passada, reuniu líderes de todo o continente africano para discutir formas de fortalecer laços e promover prioridades compartilhadas com os Estados Unidos.
Durante o evento, Joe Biden prometeu visitar a África subsaariana e defendeu uma representação permanente do continente africano "em todos os lugares e todas as instituições" do mundo, incluindo o Conselho de Segurança das Nações Unidas e G20.
Além de não ter indicado uma data, o Presidente também não mencionou os países que pretende visitar.
Biden seria, portanto, o primeiro líder dos EUA a visitar a África subsaariana desde a viagem do ex-presidente Barack Obama em 2015 ao Quénia e à Etiópia.
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