Emmanuel Macron marcou presença, no passado domingo, no Qatar, onde assistiu à final do campeonato do mundo de futebol - que terminou com a derrota de França, frente à Argentina, nas grandes penalidades.
O presidente francês mostrou-se efusivo durante a partida - ficando até em 'mangas de camisa' - e, consumada a derrota, apressou-se a ir ao relvado abraçar e consolar os futebolistas. Agora, está a ser acusado de ter tido comportamentos constrangedores e oportunistas.
Na BFMTV, o comentador Emmanuel Petit asseverou, em tom de ironia, que no final da partida, era possível pensar que Macron era o selecionador nacional, ao invés de Didier Deschamps. "Ele estava na tribuna, no campo, na entrega de medalhas, no vestiário. Pensei que fosse ele o treinador", acrescentou.
Uma das imagens mais marcantes do momento mostrou o presidente francês a consolar Kylian Mbappé. Para Olivier Faure, o líder dos socialistas franceses, o episódio foi "inoportuno" e "totalmente ridículo", conta o Libération.
Inopportun et malaisant. #macron https://t.co/OCYliDhFhm
— Olivier Faure (@faureolivier) December 19, 2022
Sobre a mesma situação, Sandrine Rousseau, 'número dois' dos Europe Ecologie Les Verts, fez uma publicação na rede social Twitter: "O constrangimento", denunciou. Por sua vez, Benjamin Lucas, do movimento político Génération.s, chamou a Emmanuel Macron o "campeão mundial do embaraço".
La gênance, @EmmanuelMacron
— Sandrine Rousseau (@sandrousseau) December 18, 2022
Emmanuel #Macron, champion du monde de la gêne.
— Benjamin LUCAS (@Benjam1Lucas) December 19, 2022
As críticas à atuação de Macron sucederam-se, com acusações de "politizar o desporto" e usar o amor dos franceses ao futebol - especialmente num momento sensível como a perda de um campeonato do mundo de futebol - para um alegado favorecimento político.
Fiers de vous. pic.twitter.com/9RMjIGMKGU
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) December 18, 2022
De recordar que a Argentina conquistou pela terceira vez o Mundial de futebol, repetindo 1978 e 1986, ao vencer a França por 4-2 no desempate por grandes penalidades, após 3-3 nos 120 minutos, em Lusail, no Qatar.
Os sul-americanos marcaram os quatro penáltis no desempate, enquanto os franceses, que defendiam o título, falharam dois, por Coman e Tchouaméni, o primeiro detido por Emiliano Martínez.
No tempo regulamentar, Lionel Messi, aos 23 e 108 minutos, o primeiro de penálti, e Ángel Di Maria, aos 36, marcaram para os sul-americanos, enquanto Kylian Mbappé somou um 'hat-trick' para os franceses, aos 80, 81 e 118, o primeiro e o último de grande penalidade.
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