A EDF anunciou que pelas 11:48 (hora local) o reator foi conectado à rede elétrica francesa e começou a produzir os primeiros elétrons.
Apesar das polémicas que rodearam este novo reator, que está com doze anos de atraso e, segundo a EDF, tem um custo estimado em 13,2 mil milhões de euros (quatro vezes a previsão inicial de 3,3 mil milhões), o Presidente francês considerou que se trata de "um grande momento para o país".
"Um dos reatores nucleares mais poderosos do mundo (...) acaba de ser conectado à rede elétrica. A reindustrialização para produzir energia de baixo carbono, é a ecologia à francesa. Fortalece a nossa competitividade e protege o clima", disse Emmanuel Macron através da rede social LinkedIn.
O presidente executivo da EDF, Luc Rémont, também na rede social Linkedin, considerou que este "é um evento histórico para toda a indústria nuclear francesa".
Esta é primeira ligação de um novo reator em França desde 1999 e estava inicialmente prevista para sexta-feira de manhã, mas foi adiada por várias horas.
Este reator é um EPR (sigla de European Pressurized Reactor) e é o quarto reator deste tipo instalado no mundo (dois na China, um na Finlândia e há um em construção no Reino Unido) e o 57º reator (e o mais pontente) do parque nuclear francês.
A previsão é que este reator, quando estiver em plena capacidade, produza 2% a 3% da eletricidade francesa de origem nuclear, capaz de abastecer dois milhões de habitações, segundo a EDP.
Macron, que antes de chegar ao Eliseu apostava na redução do peso da energia nuclear em França, onde mais de 70% da electricidade provém de fontes nucleares, mudou de ideias ao longo do seu mandato e relançou a energia nuclear civil em França com a construção de vários reactores.
Já estão em curso os procedimentos para outros seis reactores do tipo EPR, nos quais a empresa pública de electricidade EDF espera poder aplicar as lições de Flamanville para aumentar a eficiência e reduzir os custos.
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