Biden divulgou esta ajuda durante a conferência de imprensa conjunta com Zelensky, na Casa Branca, explicando que estes fundos, que serão canalizados através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), vão atender às necessidades de milhões de ucranianos, para o acesso a cuidados de saúde, água potável e aquecimento.
Em comunicado, a USAID especificou que esta ajuda servirá para fornecer alimentos e outros serviços a 1,5 milhão de ucranianos, noticiou a agência Efe.
Para concretizar este apoio, a agência norte-americana irá coordenar-se com outros parceiros internacionais, como o Programa Mundial de Alimentos da ONU (PAM) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A USAID destacou ainda no comunicado que os EUA são o maior doador de ajuda humanitária em resposta à crise na Ucrânia, já que destinou mais de 1.900 milhões de dólares para ajudar ucranianos e refugiados nos países vizinhos.
Durante a conferência de imprensa Biden lembrou o apoio já prestado pelos Estados Unidos à Ucrânia, numa altura em que o Congresso está prestes a aprovar mais 44,9 mil milhões de dólares (42 mil milhões de euros) em assistência.
"Putin não tem intenção de parar esta guerra cruel. Queremos que ucranianos possa continuar a defender-se desta guerra durante o tempo que for preciso. Espero assinar a lei rapidamente", realçou Biden.
Os Estados Unidos anunciaram também esta quarta-feira que fornecerão ajuda militar à Ucrânia no valor de 1,85 mil milhões de dólares (1,75 mil milhões de euros), incluindo uma bateria de mísseis Patriot.
A nova remessa de armamento e equipamentos dos EUA para a Ucrânia, a 28.ª desde agosto de 2021, "fornecerá à Ucrânia capacidades expandidas de defesa aérea e ataque de precisão, bem como munições adicionais e equipamentos críticos que a Ucrânia está a usar de forma tão eficaz para se defender no campo de batalha", indicou o secretário de Estado, Antony Blinken, em comunicado.
O valor hoje anunciado elevará a assistência militar total dos Estados Unidos à Ucrânia para 21,9 mil milhões de dólares (20,6 mil milhões de euros) desde que Joe Biden tomou posse, em janeiro de 2021.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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