"Qualquer outra participação ativa na guerra de agressão ilegal da Rússia seria contrária à vontade e às aspirações do povo bielorrusso. Se as autoridades bielorrussas envolverem a Bielorrússia mais diretamente na guerra da Rússia, o G7 imporá custos adicionais esmagadores ao regime", sublinharam os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7, o conjunto dos sete países mais ricos do mundo, em comunicado.
Os chanceleres do G7 prometeram ainda "melhorar e coordenar estreitamente os esforços para corresponder às necessidades urgentes da Ucrânia por equipamentos militares e de defesa, especialmente de defesa aérea".
O G7 é formado pelos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Canadá, Reino Unido, França e Itália.
Também os ministros das Finanças do G7, que se reuniram hoje pela última vez antes do final do ano, reafirmaram o seu compromisso com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no sentido de prestar ajuda económica a Kyiv no quadro da "guerra de agressão".
"Reafirmamos que com as nossas sanções não visamos alimentos. Permitimos explicitamente o livre fluxo de produtos agrícolas e fazemos todo o possível para minimizar o possível impacto negativo e efeito indireto em países terceiros", destaca ainda o G7 no comunicado.
Os países mais industrializados sublinharam ainda que, em conjunto com a comunidade internacional, mostraram "unidade, criatividade e força" para atender às "necessidades humanitárias, materiais e financeiras urgentes da Ucrânia".
"Até 2022, mobilizamos 32.700 milhões de dólares (cerca de 30.900 milhões de euros) em apoio orçamental para ajudar a Ucrânia a diminuir o seu défice de financiamento para este ano. Este valor total foi desembolsado ou está em processo de desembolso", sublinharam.
O G7 salientou ainda que até 2023 asseguraram 32.000 milhões de dólares (cerca de 30.200 milhões de euros) em apoio a Kyiv, um montante que inclui 18.000 milhões de dólares (cerca de 17.000 milhões de euros) da União Europeia, juntamente com uma doação dos Estados-membros para cobrir os custos.
Este é um complemento ao último pacote de apoio aprovada pelo executivo de Joe Biden, que pode ser aprovado pelo Congresso norte-americano esta semana, bem como o desembolso "iminente" de 500 milhões de dólares (cerca de 472 milhões de euros) em empréstimos adicionais do Banco Mundial garantidos pelo Reino Unido.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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