O Ministério do Interior iraniano indicou que "todos os membros" destas "equipas operacionais" foram detidos, embora não tenha fornecido detalhes sobre o seu número ou suas identidades, de acordo com a agência de notícias iraniana Mehr, citada pela agência Europa Press.
Este anúncio ocorre poucos dias depois do governo ter revelado que deteve vários membros de uma alegada rede de espionagem ligada ao Mossad, que planeava ações de sabotagem contra a indústria de defesa iraniana e empresas de segurança.
O Irão anunciou nas últimas semanas a detenção de vários alegados espiões que trabalhavam para os serviços de inteligência israelitas.
Teerão também executou quatro pessoas acusadas de colaborar com a Mossad em 4 de dezembro, em plena crise social, com as manifestações após a morte de Mahsa Amini, de 22 anos, em 16 de setembro, sob custódia da designada "polícia da moralidade".
A República Islâmica tem responsabilizado países como os Estados Unidos ou Israel pelo apoio às manifestações contra o governo.
A Guarda Revolucionária Iraniana confirmou recentemente que mais de 300 pessoas morreram desde o início dos protestos, naquele que foi o primeiro balanço oficial desde o início das mobilizações pela morte de Amini.
O número é, no entanto, inferior ao da organização não-governamental (ONG) Iran Human Rights, que aponta para mais de 400 mortos devido à repressão das forças de segurança iranianas.
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