"Absurdo engano". Coreia do Norte rejeita envio de mísseis a Grupo Wagner
Um porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros daquele país assegurou que Pyongyang mantém "a sua posição no que toca a transação de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia, o que nunca aconteceu".
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte rejeitou, esta sexta-feira, ter enviado mísseis ao Grupo Wagner, da Rússia, apontado ainda o dedo aos Estados Unidos por fornecerem armamento à Ucrânia.
"A reportagem falsa do meio de comunicação japonês de que a Coreia do Norte ofereceu munições à Rússia é o engano mais absurdo, que não vale qualquer comentário ou interpretação”, disse um porta-voz do organismo, segundo a agência de notícias oficial da Coreia do Norte, KCNA, citado pela Reuters.
O responsável foi mais longe, assegurando que Pyongyang mantém “a sua posição no que toca a transação de armas entre a Coreia do Norte e a Rússia, o que nunca aconteceu”, apontou, atirando que os Estados Unidos “estão a derramar sangue e destruir a Ucrânia através do fornecimento de várias armas letais”.
De notar que o meio japonês Tokyo Shimbun denunciou que a Coreia Norte tinha enviado munições à Rússia através de comboio, pela fronteira, no mês passado, e que fornecimentos adicionais seriam esperados nas próximas semanas.
Também John Kirby, porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, corroborou esta informação, adiantando que os serviços de informação dos Estados Unidos apuraram que a Coreia do Norte entregou ao Grupo Wagner, em novembro, um carregamento de armamento, que incluía foguetes e mísseis.
Segundo Kirby, os Estados Unidos calculam que a milícia tenha cerca de 50 mil funcionários a lutar na Ucrânia, incluindo 10 mil contratados e 40 mil condenados, que o grupo recrutou nas prisões.
Nessa linha, o Departamento do Comércio norte-americano anunciou, na quarta-feira, novas restrições à exportação visando o Grupo Wagner, numa tentativa de restringir ainda mais o seu acesso a tecnologia e mantimentos.
Lançada a 24 de fevereiro, a ofensiva militar russa na Ucrânia já provocou a fuga de mais de 14 milhões de pessoas, segundo dados os mais recentes da Organização as Nações Unidas (ONU), que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A entidade confirmou ainda que já morreram 6.755 civis desde o início da guerra e 10.607 ficaram feridos, sublinhando, contudo, que estes números estão muito aquém dos reais.
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