Mykhailo Podolyak, conselheiro do presidente da Ucrânia, fez um apelo, através de uma publicação na rede social Twitter, para que haja uma responsabilização do Irão, da Coreia do Norte e da Bielorrússia pelo seu alegado envolvimento na guerra da Ucrânia.
"Irão (drones/mísseis), Coreia do Norte (munições/armas), Bielorrússia (infraestruturas/território/equipamento)", começou por enumerar Podolyak, demonstrando o alegado contributo dado por cada um destes países, conhecidos pelas suas relações próximas com Moscovo.
De seguida, acrescentou, deixando um aviso: "Aliados factual e legalmente confirmados da Federação Russa na guerra de agressão, nos assassinatos em massa de civis e na destruição deliberada de cidades ucranianas. Haverá uma responsabilização conjunta".
Iran (drones/missiles), North Korea (ammunition/weapons), Belarus (infrastructure/territory/equipment). Factually & legally confirmed allies of RF in the war of aggression, mass murders of civilians & deliberate destruction of Ukrainian cities. There will be joint accountability.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) December 23, 2022
A posição do conselheiro presidencial ucraniano surgiu depois de, na quinta-feira, ter sido noticiado que um alto funcionário do governo dos Estados Unidos revelou que os mercenários do Grupo Wagner, atualmente a combater na Ucrânia pela Rússia, receberam um carregamento de armas (foguetes de infantaria e mísseis) provenientes da Coreia do Norte, para ajudar a reforçar o esforço militar no terreno.
A acusação foi imediatamente rejeitada pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Norte, que deixou ainda uma crítica ao governo norte-americano por estar a fornecer armamento de defesa à Ucrânia.
Quanto a um outro aliado da Rússia, recorde-se que existiram várias alegações - ecoadas por autoridades ocidentais - que davam conta de que o Irão teria fornecido 160 veículos aéreos não tripulados a Moscovo, em troca de 140 milhões de euros em dinheiro e de uma seleção de armamento alegadamente capturado ao Reino Unido e aos Estados Unidos.
Já no que diz respeito à Bielorrússia, já desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, tem ficado evidente o apoio do regime de Aleksandr Lukashenko à investida militar do exército de Vladimir Putin. Mais recentemente, numa conferência de imprensa conjunta entre os líderes de ambos os países, foi destacada a colaboração técnico-militar entre ambos, com “fornecimentos mútuos” e a aposta conjunta na “indústria de alta tecnologia”.
A guerra na Ucrânia, que completa amanhã 10 meses de duração, provocou mais de 6,7 óbitos entre civis e de 10 mil feridos, segundo os cálculos da Organização das Nações Unidas (ONU).
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