"Os ocupantes estão a utilizar todos os recursos à sua disposição -- e são recursos consideráveis -- para conseguir qualquer avanço", explicou Zelensky na sua habitual mensagem de vídeo noturna dirigida à população.
Zelensky mencionou o trabalho de várias unidades específicas das Forças Armadas ucranianas "pelos seus sucessos na destruição das forças inimigas" e ainda o trabalho dos trabalhadores das empresas elétricas nas reparações, "mesmo no sábado e domingo, véspera de Natal e Natal" para "dar mais energia às pessoas".
O chefe de Estado ucraniano referiu, no entanto, que nove milhões de pessoas passaram estes dias sem eletricidade em várias regiões do país.
"O número e a duração das interrupções estão a ser reduzidos gradativamente. Obrigado a todos que tornaram isso possível", destacou.
Volodymyr Zelensky garantiu ainda que a Ucrânia vai aplicar "rapidamente tudo o que foi acordado em Washington", durante a sua recente visita surpresa aos Estados Unidos.
A Ucrânia garantiu um novo pacote de ajuda militar dos EUA de 1.800 milhões de dólares, incluindo uma bateria de mísseis Patriot.
Em entrevista à agência Associated Press (AP) divulgada esta segunda-feira, o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano explicou que o governo dos EUA desenvolveu um programa para que as tropas ucranianas concluam o treino mais rápido do que o normal "sem nenhum dano à qualidade do uso da arma [Patriot] no campo de batalha".
Embora Kuleba não tenha mencionado um prazo específico, o ministro referiu apenas que será "muito menos de seis meses", acrescentando que o treino decorrerá fora da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,8 milhões para países europeus --, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia -- foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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