Berlim assume liderança de força de elevada prontidão da NATO em 2023
A Alemanha vai liderar a partir de domingo a Força Conjunta de Elevada Prontidão da NATO, que mantém milhares de soldados em estado de alerta, prontos para serem mobilizados em questão de dias, informou, esta quarta-feira, a Aliança Atlântica.
© Lusa
Mundo NATO
A Força Conjunta de Elevada Prontidão da NATO (VJTF, na sigla em inglês) foi criada em 2014 como núcleo de uma Força de Reação da NATO, após a anexação ilegal da Rússia nesse ano da península ucraniana da Crimeia e as crises no Médio Oriente.
A Alemanha assumirá o comando da VJTF após a França, que liderou o contingente em 2022.
Num comunicado, a Aliança Atlântica explicou que, em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro, decidiu enviar elementos da VJTF para a Roménia, naquela que foi a primeira missão de defesa coletiva da unidade.
"A Alemanha é um aliado importante e agradecemos por liderar a VJTF em 2023", disse a porta-voz da NATO, Oana Lungescu.
"Como a guerra ilegal da Rússia na Ucrânia continua a ameaçar a paz e a segurança na Europa, não deve haver dúvidas sobre a determinação da NATO em proteger e defender cada centímetro do território aliado", prosseguiu a mesma porta-voz.
A VJTF "é a primeira resposta da NATO e uma peça-chave da nossa defesa coletiva", afirmou Lungescu, acrescentando que "a liderança da Alemanha é uma forte demonstração do seu empenho e capacidades".
É também o maior elemento permanente desta força de resposta da NATO, cuja liderança e composição alternam anualmente entre os aliados.
Em 2023, as forças terrestres da VJTF terão o seu núcleo na 37ª Brigada Panzergrenadier do Exército alemão.
No total, nove aliados vão contribuir para esta força de destacamento rápido: Bélgica, República Checa, Alemanha, Eslovénia, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Noruega e Países Baixos.
Além disso, pela primeira vez, a Alemanha também lidera o comando designado das Forças Especiais VJTF.
A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro e que ainda prossegue, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
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