"Durante a noite de 31 de dezembro de 2022 para 01 de janeiro de 2023, as forças ocupantes russas atacaram a Ucrânia com 'drones' 'kamikazes' [armadilhados com explosivos] Shared, de fabrico iraniano", afirmou a Força Aérea das Forças Armadas ucranianas, num comunicado publicado na rede Telegram e divulgado pela agência de notícias Ukrinform.
Segundo o mesmo comunicado, a defesa antiaérea da Força Aérea, em cooperação com outros ramos das Forças Armadas, "destruiu 45 drones", 13 abatidos ainda em 2022 e 32 em 2023.
A administração militar da capital da Ucrânia, Kyiv, referiu, por sua vez, que foram identificados e abatidos 32 alvos aéreos durante a noite, na área da cidade.
A embaixadora americana na Ucrânia, Bridget Brink, classificou o ataque noturno de Moscovo de "cobarde".
"É inacreditável. A Rússia atacou a Ucrânia de forma fria e cobarde nas primeiras horas do novo ano", referiu a diplomata, numa publicação na rede social Twitter, salientando que os Estados Unidos "estão totalmente confiantes" de que Kyiv "vencerá em 2023".
Moscovo tem adotado a tática de atingir centrais de produção de energia, entre outros alvos, com recurso a drones explosivos.
A ofensiva militar russa na Ucrânia foi lançada em 24 de fevereiro pela "necessidade de 'desnazificar' e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia", como justificou o Presidente russo, Vladimir Putin.
A guerra, que já dura há mais de 10 meses, foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
Leia Também: Novo ataques e vítimas em Kyiv. Moscovo reivindica avanços no Leste