"A minha visão é que 2023 seja o ano em que o país se tornará livre e em que o Governo se concentre no seu serviço e na sua ação", disse Mohamud, antes de acrescentar que o objetivo é que a Somália assuma as funções de segurança em dezembro de 2024, quando a Missão de Transição da União Africana na Somália (Atmis) se retirará.
Da mesma forma, destacou os avanços no terreno no quadro das ofensivas desencadeadas nos últimos sete meses e falou de "uma grande vitória" no caminho da "libertação do país" do Al-Shebab, segundo noticiou a Sonna, agência de notícias da Somália.
Durante a tarde de domingo, o Exército Somali conseguiu tomar o distrito de Masagawa, na região de Galgudud (centro), após uma operação contra o Al-Shebab apoiada por milicianos locais. Esta cidade estava nas mãos do grupo terrorista há 15 anos.
O próprio Sheikh Mohamud disse no início de dezembro que o Al-Shebab "é história" e pediu à população para "apoiar as operações de libertação". "Eles não vão voltar. Eles não podem voltar. Eles acabaram e, se Deus quiser, vão continuar assim. Aqueles que dizem que o Al-Shebab vai voltar estão apenas a tentar nos assustar", afirmou.
O Presidente somali prometeu em meados de novembro continuar uma "guerra total" contra o grupo, que mantém laços com a organização terrorista Al-Qaida, e destacou que "voltar atrás e a derrota não são opções".
A Somália aumentou as ofensivas contra o Al-Shebab nos últimos meses com o apoio de clãs e milícias locais como parte de uma série de decisões tomadas pelo Presidente, que prometeu, ao assumir o cargo, colocar a luta contra o terrorismo no centro dos seus esforços para estabilizar o país africano.
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