Dez guardas, sete prisioneiros e dois agressores morreram no ataque de domingo em Ciudad Juarez, perto da fronteira com os Estados Unidos, disse o ministro da Defesa, Luis Cresencio Sandoval, citado pela imprensa local.
Catorze detidos e um guarda ficaram feridos e cinco agressores foram capturados, disse ainda Sandoval.
O último balanço dava conta de 14 mortos.
Entre os 25 fugitivos está o líder de uma quadrilha aliada ao cartel de Juarez na sua guerra contra o de Sinaloa, anteriormente comandado por Joaquín "El Chapo" Guzmán, condenado a prisão perpétua nos Estados Unidos.
Ernesto Alfredo Piñon era o "líder deste grupo criminoso conhecido como "El Neto" e o ataque serviu para o libertar, revelou esta segunda-feira a ministra da Segurança, Rosa Icela Rodriguez, em conferência de imprensa.
O ataque ocorreu ao amanhecer de domingo. Homens armados chegaram em veículos blindados e abriram fogo sobre os guardas.
De acordo com os media locais, alguns reclusos revoltaram-se dentro da prisão, ateando fogo a vários objetos e confrontando guardas.
A prisão de Ciudad Juárez, cidade crucial para o tráfico de droga para os Estados Unidos, integra membros dos grupos armados dos cartéis de Sinaloa e Juárez, que lutam pelo controlo da região há mais de 15 anos.
A prisão estatal tem sido palco de vários motins, incluindo um que resultou em 20 mortos em março de 2009, um dos mais sangrentos da história do país. Em agosto de 2022, um confronto entre gangues rivais terminou com a morte de três reclusos.
Segundo um relatório da Comissão Nacional dos Direitos Humanos de fevereiro passado, mais de 3.700 pessoas estão detidas nesta prisão, embora a capacidade seja de apenas 3.135 lugares.
A prisão está sob a jurisdição do governo do estado de Chihuahua. Os centros de detenção do México, principalmente os geridos pelos estados, sofrem de problemas crónicos de sobrelotação e violência, que se agravaram nos últimos anos devido aos combates entre grupos criminosos.
De acordo com números oficiais, o México registou mais de 340 mil homicídios, na sua maioria atribuídos a organizações criminosas, desde o lançamento de uma controversa ofensiva militar contra a droga em dezembro de 2006.
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