"Os Estados Unidos defendem firmemente a preservação do 'status quo' dos lugares sagrados de Jerusalém. Qualquer ação unilateral que coloque em risco o 'status quo' é inaceitável", disse um porta-voz do Conselho de Segurança da Casa Branca.
O representante da administração norte-americana recordou que Netanyahu prometeu preservar o 'status quo' dos locais sagrados, pelo que exortou o primeiro-ministro israelita a "cumprir esse compromisso".
Também o embaixador dos Estados Unidos em Israel, Thomas Nides, expressou a mesma posição.
"O embaixador Nides foi muito claro nas suas conversações com o Governo israelita sobre a importância de preservar o 'status quo' dos locais sagrados de Jerusalém. Qualquer ação que vá contra isso é inaceitável", disse a representação diplomática, em comunicado.
De acordo com o estatuto vigente desde 1967 - quando Israel ocupou a parte oriental de Jerusalém, onde fica a Esplanada - o local é reservado exclusivamente para o culto de muçulmanos, enquanto os judeus só podem entrar como visitantes, já que as leis judaicas proíbem os seus fiéis de rezar no lugar mais sagrado da sua religião, algo reservado apenas para alguns rabinos.
A visita de Ben Gvir, que percorreu o complexo e nunca parou para rezar, foi condenada tanto por fações palestinianas na Cisjordânia ocupada e na Faixa de Gaza, como por vários países árabes e muçulmanos, bem como pela Liga Árabe e pela Organização de Cooperação Islâmica (OIC).
Benjamin Netanyahu defendeu a polémica visita, dizendo que não representa uma mudança no estatuto do local, sagrado para judeus e muçulmanos.
A visita à Esplanada das Mesquitas em setembro de 2000 pelo então líder do Likud (o mesmo partido de Netanyahu, direita), Ariel Sharon, foi o detonador da Segunda Intifada, quando a entrada massiva de judeus no complexo -- e cargas policiais visando palestinianos - desencadeou uma vaga de violência em maio de 2021, conduzindo a uma escalada militar e confrontos entre árabes e judeus em várias cidades de Israel.
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