McCarthy tentou ganhar o apoio de colegas Republicanos da fação mais conservadora, que se recusavam a dar os seus votos, mas nunca foi claro de que forma poderia evitar tornar-se o primeiro candidato a líder do partido maioritário da câmara nos últimos 100 anos a não conseguir ganhar a votação.
McCarthy teve apenas 203 votos, bem atrás dos 218 votos necessários para ser o líder da maioria na Câmara de Representantes e até menos que os 212 que os do Democrata Hakim Jeffries, deixando o seu partido numa crise política.
O congressista Andy Biggs, um Republicano do Arizona e ex-líder do Freedom Caucus (um grupo ultraconservador), foi indicado por um colega para a corrida eleitoral, fazendo com que mais de uma dúzia de Republicanos se opusessem a McCarthy.
O clima ficou tenso entre os Republicanos, enquanto os Democratas se uniram à volta de Hakeem Jeffries, de Nova Iorque, que foi o primeiro congressista negro a liderar a bancada de um partido.
Um grupo de congressistas ultraconservadores, liderado pelo Freedom Caucus e alinhado com a agenda política do ex-Presidente Donald Trump, não se conforma com os resultados da votação em curso, atribuindo a derrota pessoalmente a McCarthy e ao núcleo moderado do partido.
"Se queremos drenar o pântano, não podemos colocar no controlo o maior dos jacarés", disse o Republicano Matt Gaetz, da Florida, um dos dirigentes do Freedom Caucus, referindo-se à inabilidade do núcleo moderado do partido.
Eram necessários 218 votos dos 435 da Câmara de Representantes para liderar a câmara baixa.
Com apenas 222 lugares, o Partido Republicano podia dar-se ao luxo de perder um punhado de votos e ainda assim conseguir eleger Kevin McCarthy logo na primeira volta.
Contudo, a oposição dos ultraconservadores próximos de Trump estragou os planos aos Republicanos, que terão de se sujeitar a novas votações, de desfecho imprevisível.
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