O presidente da Rússia, Vladimir Putin, tem cancro e deverá morrer "rapidamente". Quem o diz é o líder dos serviços de informação militares ucranianos, após ser questionado sobre o estado de saúde do russo.
Numa entrevista à ABC, divulgada pelo conselheiro do ministério dos assuntos internos da Ucrânia, Anton Gerashchenko, na rede social Twitter, Kyrylo Budanov foi questionado se Putin estaria em estado terminal.
"Claro", foi a resposta o chefe da inteligência ucraniana, afirmando que o presidente russo está doente há muito tempo.
"Putin está em estado terminal. Ele morrerá antes do fim da guerra e haverá uma transferência de poder", afirmou Budanov, salientando, no entanto, que a guerra na Ucrânia, iniciada há mais de 10 meses, tem de acabar antes disso.
Budanov acredita Putin tem cancro há bastante tempo e que deverá morrer "rapidamente". "Espero", expressou.
"Putin is terminally ill. He will die before the war ends and there will be a transfer of power" - Kyrylo Budanov, Ukrainian Head of Military Intelligence in an interview with @BrittClennett of @ABC pic.twitter.com/L219NIHrhW
— Anton Gerashchenko (@Gerashchenko_en) January 4, 2023
Recorde-se que, em março, teorias apresentadas por espiões com fontes próximas ao Kremlin indicaram que o presidente russo poderia estar a ser alvo de tratamentos para o cancro e acreditavam haver uma explicação fisiológica para a invasão da Ucrânia.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 14 milhões de pessoas - 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa - justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.919 civis mortos e 11.075 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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