Meloni e Von der Leyen condenam "atos violentos no Brasil"

A primeira-ministra italiana e a presidente da Comissão Europeia analisaram hoje os avanços do pacto de migração e a implantação do PRR em Itália, numa reunião em que reafirmaram o apoio à Ucrânia e ambas condenaram os acontecimentos no Brasil.

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Lusa
09/01/2023 16:05 ‧ 09/01/2023 por Lusa

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Giorgia Meloni sublinhou a reunião com Ursula von der Leyen "o compromisso do Governo italiano" com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), para cumprir o objetivo e garantir a atribuição de fundos europeus a Itália, informaram fontes oficiais do seu gabinete.

A primeira-ministra italiana quer que o PRR de Itália seja atualizado para cobrir o aumento dos custos decorrente da subida dos preços das matérias-primas devido à guerra na Ucrânia.

Meloni e Von der Leyen, que se deslocou a Roma para uma cerimónia de homenagem ao antigo presidente do Parlamento Europeu David Sassoli, que morreu recentemente, também "partilharam a condenação dos atos violentos no Brasil e a solidariedade para com as instituições democráticas do país".

Na reunião de hoje, que contou com a presença do ministro dos Assuntos Europeus, Raffaele Fitto, as duas lideres reafirmaram ainda o apoio à Ucrânia e manifestaram "satisfação com a assinatura, agendada para terça-feira em Bruxelas, da declaração conjunta UE-NATO".

A reunião "proporcionou uma excelente oportunidade de troca de pontos de vista com vista à reunião extraordinária do Conselho Europeu de 9 e 10 de fevereiro, dedicada em particular à economia e à migração", segundo fontes próximas do Governo italiano.

Por seu lado, a presidente da CE avançou numa mensagem nas redes socais que discutiu com Meloni "a manutenção do apoio à Ucrânia, o fornecimento de energia segura e acessível [na Europa], o reforço da competitividade industrial da União Europeia, o avanço do pacto de migração e a implantação do PRR" de Itália.

A questão da migração, contudo, não foi detalhada por nenhuma das partes após a reunião, sabendo-se que é uma prioridade do Governo italiano que quer vê-la abordada urgentemente na Europa, especialmente depois de a Suécia, que tem atualmente a presidência rotativa da UE, ter descartado avanços nesta matéria.

O Papa Francisco, que vai receber Meloni no Vaticano na terça-feira, considerou "urgente" que a Europa aprove um Novo Pacto para as Migrações e Asilo para "implementar políticas adequadas" que permitam a "integração" dos migrantes, um pedido que também reivindica a primeira-ministra de Itália.

Antes do seu encontro com Meloni, a presidente da Comissão esteve numa homenagem a David Sassoli, de quem disse ser "um grande orador e grande político, que fez politica por paixão e não pelo poder" e que "nunca toleraria a corrupção", numa referência ao escândalo do "Qatargate" envolvendo membros e funcionários do Parlamento Europeu.

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