EUA deixam de mencionar Guaidó nas exceções às sanções contra a Venezuela
O governo dos Estados Unidos eliminou hoje qualquer menção ao opositor venezuelano Juan Guaidó e seus aliados nas exceções contempladas nas sanções impostas à Venezuela, depois da oposição ter aprovado a eliminação do governo interino.
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Mundo EUA
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos emitiu hoje uma licença geral que substitui a publicada em janeiro de 2021 para remover qualquer alusão a Juan Guaidó, como acontecia na licença de há dois anos.
A nova licença indica que os cidadãos norte-americanos estão autorizados a realizar transações, proibidas pelas sanções contra a Venezuela, com a Assembleia Nacional (sob controle da oposição) ou qualquer entidade designada por aquele órgão para exercer seu mandato.
Esta autorização estende-se às pessoas eleitas pela Assembleia Nacional da Venezuela, incluindo os seus membros e funcionários.
Na licença de 2021, os Estados Unidos contemplavam exceções em transações com "o atual presidente interino da Venezuela, Juan Gerardo Guaidó Marquez (Guaidó), e qualquer funcionário, designado ou representante nomeado ou designado por Guaidó para atuar em nome do governo da Venezuela" , bem como com embaixadores e representantes da oposição em território norte-americano e em países terceiros.
A Casa Branca garantiu que continuará a coordenar com Guaidó e "outros líderes democráticos que pensam da mesma forma" na Venezuela, embora tenha evitado esclarecer se continua a reconhecê-lo como presidente interino daquele país sul-americano.
A 30 de dezembro, a oposição venezuelana decidiu pôr fim ao governo interino de Juan Guaidó, criado em 2019, e prolongou por mais um ano a existência do parlamento opositor eleito em 2015.
A decisão teve lugar numa sessão virtual em que participaram os deputados da Assembleia Nacional eleita em 2015, de maioria opositora, cujo mandato já caducou, mas que continua em funções uma vez que a oposição não reconhece os resultados das eleições legislativas de 2020, onde o regime chavista deteve a maioria parlamentar.
Juan Guaidó considerou a sua demissão uma vitória do chavismo.
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