O Irão condenou Faezeh Hashemi, filha do ex-presidente iraniano Akbar Hashemi Rafsanjani, a cinco anos de prisão, segundo revelou, esta terça-feira, a sua advogada, Neda Shams.
O veredicto não é final, uma vez que ainda "há outros processos" em curso contra a também ativista.
"Após a prisão da Sra. Faezeh Hashemi, ela foi condenada a cinco anos de prisão, mas a sentença não é definitiva", escreveu a advogada no Twitter, segundo cita a imprensa internacional. "A decisão, que não é definitiva, foi-me comunicada na quarta-feira e vamos apelar dentro do prazo permitido por lei", acrescentou.
Segundo a agência de notícias estatal ISNA, Hashemi foi condenada por "propaganda contra o sistema", crime pelo qual foi indiciada o ano passado, quando foi detida e transferida para a prisão de Evin, em setembro, devido ao seu papel nos protestos antigovernamentais.
Em setembro, a imprensa estatal noticiava que Hashemi, que é também ex-parlamentar, havia sido detida por "incitar tumultos" no Teerão, na sequência da onda de protestos desencadeada após a morte de Mahsa Amini.
Em 2012, Hashemi já havia sido detida e banida de atividades políticas por "propaganda antiestatal" durante as eleições presidenciais de 2009.
Sublinhe-se que, nos últimos meses, na sequência dos protestos que decorrem no país, mais de uma dezena de pessoas já foram condenadas à morte - quatro já foram executadas.
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