A ministra do Interior britânica, Suella Braverman, revelou hoje que dos 6.312 casos casos registados entre 2008, quando o programa foi introduzido, em 2015, quando os requisitos foram reforçados, foi identificada uma "pequena minoria" de indivíduos que representavam risco.
"As forças policiais britânicas têm acesso a estes dados e estão a tomar as medidas adequadas no âmbito das suas competências operacionais", disse, vincando que a suspeita de ligações a criminalidade não quer dizer que tenha sido provada.
Dez oligarcas russos que obtiveram este visto de residência no Reino Unido foram entretanto sancionados na sequência da invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, adiantou a ministra.
A análise ao programa foi lançada no ano passado devido a "preocupações com segurança" devido à falta de controlos na aprovação de candidaturas, levando ao encerramento em 17 de fevereiro após pressão para restringir as relações com a Rússia.
Estatísticas do Ministério do Interior da altura mostravam que o Reino Unido emitiu 2.581 vistos de investidor, designados por vistos Tier 1, também conhecidos por 'golden visas', a cidadãos russos desde que o esquema foi introduzido em 2008.
O visto 'gold' britânico permitia a pessoas que investissem pelo menos um milhão de libras (1,13 milhões de euros) no país, valor posteriormente aumentado para dois milhões de libras, trabalhar ou estudar no Reino Unido durante até cinco anos.
Após este período, poderiam solicitar autorização de residência ou nacionalidade.
O Partido Trabalhista, o principal da oposição, considera que exigiu mais detalhes sobre os riscos para a segurança nacional encontrados.
A deputada Yvette Cooper considera que não foi dada "resposta às questões mais básicas", nomeadamente "quantos 'Vistos Gold' foram revogados, quantos beneficiários obtiveram a nacionalidade, e qual é a ameaça de segurança decorrente de criminosos graves e organizados que utilizaram a rota para entrar no Reino Unido".
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