Duas mulheres detidas no Malauí por promoverem bolo com notas
Imprimir dinheiro é tão custoso para as autoridades do país que o uso indevido de dinheiro físico tem sido punido.
© iStock
Mundo Malaui
Para promover a sua nova pastelaria, duas mulheres no Malauí acharam que seria uma boa ideia fazer um bolo e enrolá-lo em notas de kwacha, a moeda nacional da pequena nação africana. Mas quem não achou boa ideia foram as autoridades do país, que as detiveram no passado sábado.
Segundo conta a BBC, as mulheres gastaram cerca de 70 notas de 500 kwacha, num total de 35.000 kwacha (o que equivale a pouco mais de 35 euros).
Quando viram o bolo a ser divulgado no Facebook, as autoridades da localidade de Blantyre foram contactadas pela reserva nacional, para investigar um alegado uso indevido de notas.
As duas mulheres - Tumpale Ghambi, de 24 anos, e Sibongire Kaira, de 25 - foram acusadas de "uso indevido e danoso de moeda".
Police in Blantyre are keeping in custody two cake bakers identified as Tumpale Ghambi, 24, and Sibongire Kaira aged 25 on allegation that they decorated a cake using K500 bank notes amounting to K35,000.https://t.co/FaMIWkqYwF pic.twitter.com/ezafNYZbTg
— Malawi24 (@Malawi24) January 11, 2023
Como explica a BBC, através de um correspondente local, os bancos do Malauí tem tido imensos custos em imprimir novas notas para substituir a moeda antiga, e têm denunciado o uso negligente de dinheiro velho por parte da população como prejudicial para as suas contas.
As duas deverão ser apenas multadas, desconhecendo-se o valor da multa.
Apesar de ter uma área pouco maior que a de Portugal (em que 20% do seu território é ocupado por um lago), o Malauí tem quase o dobro da população, com quase 20 milhões de habitantes. Situa-se no sudeste africano, entre as fronteiras a norte de Moçambique, pela fronteira sudoeste da Tanzânia e pela fronteira este da Zâmbia, não tendo qualquer acesso ao Mar Índico. O Malauí partilha o nome da sua moeda com a Zâmbia, que também tem uma versão do kwacha.
Recentemente, o país tem enfrentado um grave surto de cólera, que já resultou em mais de 600 mortos desde março de 2022.
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