"Um ataque atingiu um prédio residencial em Dnipro na noite de sábado, num dos ataques mais mortíferos na Ucrânia desde o início da invasão russa", disse Stephanie Tremblay a jornalistas.
"O secretário-geral condenou este ataque, dizendo que este foi mais um exemplo de suspeita de violação das leis de guerra", acrescentou.
A coordenadora humanitária da ONU na Ucrânia, Denise Brown, pediu "uma verdadeira investigação por suspeita de crimes de guerra e o julgamento dos suspeitos", acrescentou a porta-voz.
Embora o balanço deste ataque seja de 40 mortos - entre elas três crianças - e de pelo menos 75 feridos, "espera-se que esses números aumentem à medida que as operações de socorro continuam", observou.
"Mais de mil pessoas estão desabrigadas por causa deste ataque", disse Tremblay, acrescentando que as agências da ONU estão a ajudar a realocá-las, além de distribuir cobertores, roupas quentes, kits de higiene ou remédios.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14 milhões de pessoas -- 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Neste momento, 17,7 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 7.031 civis mortos e 11.327 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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