Zelenska. "Estamos a enfrentar o colapso do mundo tal como o conhecemos"
A primeira-dama da Ucrânia alertou que "a agressão russa nunca teve a intenção de se restringir às fronteiras ucranianas".
© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images
Mundo Olena Zelenska
A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, discursou, esta terça-feira, no Fórum Mundial Económico, na Suíça, onde, perante líderes mundiais, alertou que “estamos a enfrentar o colapso do mundo tal como o conhecemos”.
“Estamos a enfrentar o colapso do mundo tal como o conhecemos, da forma a que estamos acostumados ou a que aspiramos”, começou por referir a mulher de Volodymyr Zelensky, na sua intervenção que durou cerca de 15 minutos.
Zelenska defendeu que a cooperação mundial é agora “ainda mais importante, numa altura em que a agressão russa na Europa criou tantos desafios para o mundo” e provocou uma “crise de grande escala”.
“A agressão russa nunca teve a intenção de se restringir às fronteiras ucranianas, este trabalho irá mais longe e tornará a crise mais vasta se o agressor não perder”, frisou.
A responsável abordou ainda o ataque a um prédio residencial na cidade de Dnipro, no sábado, que provocou a morte a mais de 40 pessoas. “São pessoas comuns em casa num sábado… Só isso é razão suficiente para a Rússia matar”, afirmou.
“Não há nada fora dos limites para a Rússia. Enquanto falamos, na nossa cidade de Dnipro, as pessoas ainda estão a trabalhar e a separar os destroços de uma área residencial, de uma casa que foi destruída por um míssil. Este míssil foi construído para destruir porta-aviões e foi utilizado contra a infraestrutura civil”, frisou.
Special Message from @ZelenskaUA, First Lady of Ukraine #wef23 https://t.co/7M2FJePYSz
— World Economic Forum (@wef) January 17, 2023
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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