Zelenska. "Estamos a enfrentar o colapso do mundo tal como o conhecemos"

A primeira-dama da Ucrânia alertou que "a agressão russa nunca teve a intenção de se restringir às fronteiras ucranianas".

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© FABRICE COFFRINI/AFP via Getty Images

Márcia Guímaro Rodrigues
17/01/2023 11:50 ‧ 17/01/2023 por Márcia Guímaro Rodrigues

Mundo

Olena Zelenska

A primeira-dama da Ucrânia, Olena Zelenska, discursou, esta terça-feira, no Fórum Mundial Económico, na Suíça, onde, perante líderes mundiais, alertou que “estamos a enfrentar o colapso do mundo tal como o conhecemos”. 

“Estamos a enfrentar o colapso do mundo tal como o conhecemos, da forma a que estamos acostumados ou a que aspiramos”, começou por referir a mulher de Volodymyr Zelensky, na sua intervenção que durou cerca de 15 minutos.

Zelenska defendeu que a cooperação mundial é agora “ainda mais importante, numa altura em que a agressão russa na Europa criou tantos desafios para o mundo” e provocou uma “crise de grande escala”.

“A agressão russa nunca teve a intenção de se restringir às fronteiras ucranianas, este trabalho irá mais longe e tornará a crise mais vasta se o agressor não perder”, frisou. 

A responsável abordou ainda o ataque a um prédio residencial na cidade de Dnipro, no sábado, que provocou a morte a mais de 40 pessoas. “São pessoas comuns em casa num sábado… Só isso é razão suficiente para a Rússia matar”, afirmou.

“Não há nada fora dos limites para a Rússia. Enquanto falamos, na nossa cidade de Dnipro, as pessoas ainda estão a trabalhar e a separar os destroços de uma área residencial, de uma casa que foi destruída por um míssil. Este míssil foi construído para destruir porta-aviões e foi utilizado contra a infraestrutura civil”, frisou.

O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.

A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.

Leia Também: Conselheiro de Zelensky demite-se após comentários polémicos sobre Dnipro

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