"Solução Final"? Lavrov compara posição do Ocidente à de Hitler
"Tal como Hitler queria uma 'solução final' para a questão judaica, agora, se analisarmos os políticos ocidentais... eles dizem claramente que a Rússia deve sofrer uma derrota estratégica", defendeu.
© YURI KADOBNOV/AFP via Getty Images
Mundo Guerra na Ucrânia
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Sergei Lavrov, acusou, esta quarta-feira, os Estados Unidos da América (EUA) de terem reunido países da europeus para resolver a “questão russa”, tal como o ditador Adolf Hitler quis uma “solução final” para erradicar os judeus da Europa.
“Eles [Ocidente] estão a fazer uma guerra contra o nosso país com a mesma tarefa: a ‘solução final’ da questão russa”, afirmou, em conferência de imprensa, citado pela agência de notícias Reuters.
“Tal como Hitler queria uma 'solução final' para a questão judaica, agora, se analisarmos os políticos ocidentais... eles dizem claramente que a Rússia deve sofrer uma derrota estratégica”, acrescentou.
Sublinhe-se que a ‘Solução Final’ foi o plano de Adolf Hitler para o extermínio sistemático de judeus, que levou à morte de seis milhões de pessoas.
Na mesma conferência, Lavrov rejeitou aceitar um plano de paz, uma vez que Moscovo ainda não recebeu “quaisquer propostas sérias” e as sugestões do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, são “absurdas”.
“Não se pode falar de negociações com Zelensky”, disse Lavrov, acrescentando que o plano de paz apresentado pelo chefe de Estado ucraniano consistia em “iniciativas completamente absurdas”.
“Quanto às perspectivas de negociações entre a Rússia e o Ocidente sobre a questão ucraniana, estaremos prontos a responder a quaisquer propostas sérias. [Mas] ainda não vimos nenhuma proposta séria. Estaremos prontos a considerá-las e a decidir”, disse o ministro.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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