O presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu, esta quarta-feira, que a vitória russa na Ucrânia é "inevitável" e "está assegurada".
"A vitória está assegurada, não tenho dúvidas sobre isso", sublinhou o líder russo perante veteranos de guerra e de representantes de organizações patrióticas, nas celebrações do 80.º aniversário do fim do cerco a Leningrado.
O presidente russo disse ainda que Moscovo tem "todas as razões" para considerar que o regime de Kyiv é "neonazi". "Temos todas as razões para ajudar, incluindo com a ajuda das Forças Armadas, aquelas pessoas que se consideram parte da cultura russa", acrescentou.
"Deste ponto de vista, atingir o objetivo final e a vitória é inevitável", frisou.
Para Putin, "a unidade e solidariedade do povo russo", bem como "a coragem e heroísmo dos combatentes" e o "trabalho do setor militar-industrial garantirão a vitória".
🇷🇺 Putin First @IntelRepublic
— Bernadette (@Bernade58733135) January 18, 2023
We have every reason to call the current regime in Ukraine a NEO-NAZI one, and our victory over it is inevitable - Putin during visit to machine-building plant in St. Petersburg. pic.twitter.com/Qi5vefOtmy
Na mesma conversa, Putin afirmou que "as operações de combate em grande escala envolvendo armas pesadas, artilharia, tanques e aviões não param no Donbass desde 2014".
"Tudo o que estamos a fazer hoje, como parte da operação militar especial, é uma tentativa de parar esta guerra. Este é o significado da nossa operação - proteger as pessoas que vivem nesses territórios", disse, citado pela Sky News.
Putin descreveu o leste da Ucrânia como "território histórico" da Rússia, cuja perda Moscovo admitiu após o colapso soviético de 1991, e voltou a insistir que a Rússia tinha tentado negociar um acordo pacífico antes de enviar tropas, mas "foi enganada".
Estas declarações do presidente russo surgem quase onze meses após o lançamento da ofensiva militar na Ucrânia, onde as forças russas sofreram vários reveses nos últimos meses contra as ofensivas ucranianas.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de sete mil civis morreram e mais de 11 mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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